Radares geram reclamações

Motivo de polêmica entre motoristas e poder público municipal desde 2005, quando foram instalados em Uberaba, os radares eletrônicos continuam centralizando discussões e reclamações.

Dos 20 aparelhos atualmente posicionados, dez estão localizados na área central da cidade. Entre eles, seis na avenida Leopoldino de Oliveira, quatro na Nenê Sabino e outros três na Guilherme Ferreira, ou seja, vias que recebem mais fluxo de automóveis.

Para os motoristas, é consenso entre a maioria a aversão pelos radares. “Muitas vezes a gente esquece completamente o lugar onde está instalado e acaba sendo pego, porque, convenhamos, poucas pessoas respeitam o limite de velocidade dentro da cidade”, conta o pecuarista José Caetano Duarte.

Questionado sobre a real necessidade dos radares em Uberaba, Duarte é enfático ao afirmar que os aparelhos são importantes e contribuem para a redução do número de acidentes, entretanto, algumas vias que deveriam permitir fluxo rápido de veículos, são prejudicadas pela presença dos equipamentos. “Em dois pontos eu discordo completamente: um na avenida da Saudade e o outro no finalzinho da Leopoldino. Não só nos horários mais movimentados, mas à qualquer hora o trânsito fica empacado nesses locais”, afirma.

Sobre a quantidade de multas que já teve que pagar por excesso de velocidade, o pecuarista responde já ter gasto mais de R$ 500 somente de janeiro até agora. Segundo ele, as duas autuações correspondentes ao valor foram flagradas graças aos aparelhos. “Em uma delas não me surpreendi porque só depois que passei pelo aparelho, me lembrei que ele estava ali”, relata. “Já a outra multa nem sei porque tomei. Está paga, mas, ainda desconfio que houve algum erro”, completa.

Na contramão das reclamações, o diretor do Departamento de Trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes Especiais e Proteção de Bens e Serviços Públicos (Settrans), Paulo Humberto Alves, afirma que todos os radares estão instalados corretamente e aprovados pelo Inmetro. “Se não forem aferidos, simplesmente não podem funcionar”, diz.