Medicamentos e aparelhos hospitalares encontrados no prédio do antigo Hospital Santa Helena não têm fiscalização pública. As instalações no bairro Mercês estão desativadas e repletas de remédios vencidos, seringas, agulhas e até um aparelho de Raios X.
De acordo com a assessoria da Vigilância Sanitária do Estado, a fiscalização acontece durante a vida ativa, e depois do fechamento, não existe qualquer tipo de obrigação de monitoramento. O responsável pelo hospital é quem deveria ter dado a correta destinação aos produtos.
No Departamento de Posturas, o diretor Renato Formiga explicou que o prédio foi vendido a uma rede de supermercados e está em processo de demolição. “Nós já autuamos os proprietários por falta de limpeza, mas como está em demolição, não tem como manter organizado e eles vão pagar multa,” afirma.
Também para Renato, o proprietário deveria ter encaminhado os remédios e equipamentos de acordo com as regras hospitalares.
Apesar dos riscos dos medicamentos e seringas, o aparelho de Raios X não oferece perigo por estar abandonado. O médico Gesner Pereira explica que a máquina é usada apenas para diagnóstico, e, diferente da de radioterapia, que contém césio, o aparelho de Raios X abandonado só oferece problemas por causa da ferrugem.
Um dos proprietários do hospital, Carlos Antônio Dib, está em viagem de férias e não foi encontrado pela redação.