A principal reclamação dos usuários é a superlotação e consequente precariedade e demora no atendimento na Unidade
Reclamações sobre a precariedade no atendimento da UPA Abadia continuam. O Jornal da Manhã noticiou a lotação observada na segunda-feira (21). Segundo a diretora de Atenção Especializada da Secretaria de Saúde, Cristina Estrama, toda segunda é verificado um grande movimento na unidade, talvez pela proximidade do fim de semana, mas a redação voltou ontem à tarde ao local e presenciou o mesmo problema.
A principal reclamação dos usuários é a superlotação e consequente demora no atendimento. Mas ao ouvir a população, a reportagem constatou que muitas pessoas estão sendo orientadas pelos postos de saúde nos bairros para se dirigirem à UPA Abadia em busca de atendimento. Oneida Aparecida Porfírio, 57 anos, tem câncer e sofre de angina e procurou ajuda no Hospital Hélio Angotti. “Não tinha nenhum médico lá que pudesse me atender. Então me mandaram vir para cá”, conta.
Caso semelhante é do jovem de 18 anos, diagnosticado com dengue. Cláudio Gomes teve sangramento pelo nariz e procurou ajuda. “Eu fui com muita dor para o posto do Residencial 2000, bairro onde moro e lá me disseram que eu só seria atendido na UPA Abadia”, reclama. Ele chegou às 10h e foi atendido apenas por volta das 16h. “Eles não fazem encaminhamento. Só nos mandam embora”, afirma usuária do Recreio dos Bandeirantes.
Duas usuárias, que não quiseram se identificar, levaram os filhos até a unidade e reclamaram da falta de educação de enfermeiros e recepcionistas. De acordo com Cristina Estrama, diretora de Atenção Especializada do município, a Secretaria de Saúde vai apurar os fatos, mas já está designando outra profissional, referência técnica na área, para gerenciar a unidade a partir do mês que vem.