Residentes encerram paralisação

Greve dos médicos-residentes dos hospitais públicos do país chega ao fim depois de 29 dias de manifestações e reivindicações por reajuste na bolsa-auxílio. A correção de 38,7% sobre o que vinham recebendo (R$ 1.916,45) teve o último reajuste no fim de 2006, depois de outra greve que o grupo realizou.

Na última terça-feira (14), o Ministério da Educação sinalizou com uma proposta de reajuste de 22%, caso os grevistas encerrassem o movimento.

De Brasília, a vice-presidente da Associação dos Médicos-Residentes de Uberaba, Flávia Azevedo Belesa, confirmou o fim da paralisação no município, ontem à tarde. Segundo ela, depois da reunião com os ministérios, ficou estabelecida a porcentagem de reajuste, bem como a extensão da licença-maternidade.

Mas, de acordo com Flávia, o maior benefício alcançado pela classe foi a determinação de reuniões oficiais a cada dois meses com o Governo para discutir os principais pontos da valorização profissional. “Não é o que nós queríamos, mas foi o possibilitado no momento. Estamos em um período complicado por conta das eleições. Por não sermos um público tão grande que manifesta votos, acho que não tivemos tanta influência no pedido, mas o mais importante foi a oportunidade que conquistamos com as reuniões bimestrais”, pontuou.

Hoje, os residentes realizam a última assembleia grevista para comunicar a sociedade e a direção clínica da UFTM sobre o fim da greve. As atividades serão retomadas na sexta-feira, quando 100% dos atendimentos voltam a ser desempenhados.