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Safra de grãos 2023/24 no estado de Minas será menor, estima Conab

Tito Teixeira
Publicado em 13/07/2024 às 17:36
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O volume da produção brasileira de grãos deverá atingir 299,27 milhões de toneladas na safra 2023/2024 (Foto/Reprodução)

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Minas Gerais, estima que a safra de grãos 2023/24 no Estado será menor, após colheita de volume recorde no ano passado. Na atual temporada, a produção de grãos ficará 10,5% inferior, totalizando, assim, 16,7 milhões de toneladas.

Ainda conforme a Conab, em Minas Gerais, houve uma redução de 0,5% na área plantada, que somou 4,34 milhões de hectares. A produtividade média estimada para a safra, de 3,8 mil toneladas por hectare, também caiu em 10%.

Em reunião realizada no mês passado no Sindicato Rural de Uberaba, membros do Conselho de Previsão de Safra confirmaram que a longa estiagem no Município afetou as lavouras de sorgo, trigo e milho safrinha. As quedas podem chegar a 40% da produtividade.

O milho safrinha deve fechar com área de 20 mil hectares, ante 24.500 no ano passado. A previsão é de uma queda de até 40%, com a média da produção caindo de 6.500 quilos de milho por hectare (2023) para 3.800 quilos agora.

Situação bem parecida com o trigo do cerrado. Apesar dos 15 mil hectares de área plantada, entre trigo irrigado e trigo sequeiro, o fechamento deve ir aquém do esperado. Até o mês passado, conforme visitas a campo, os técnicos relataram que a lavoura de trigo irrigado totalizava 2.800 hectares e a de trigo sequeiro, 5 mil hectares. Há áreas ainda a serem computadas e o quadro deve alterar.

Em Minas, entre os fatores que provocaram a queda, estão os efeitos negativos do El Niño nas produtividades e questões mercadológicas. A soja, que é o grão mais cultivado no Estado, terá uma redução de 6,7% no volume, estimado em 7,7 milhões de toneladas. 

O volume da produção brasileira de grãos deverá atingir 299,27 milhões de toneladas na safra 2023/2024. O montante representa um decréscimo de 6,4% ou 20,54 milhões de toneladas a menos em relação ao ciclo anterior, porém ainda posiciona esta safra como a segunda maior já colhida no país.

A pesquisa de campo, realizada no final de junho, indica uma variação positiva de 0,6% ou 1,72 milhão de toneladas em relação à pesquisa do mês anterior. O motivo foi o avanço da colheita das principais culturas, indicando recuperação na produção, sobretudo do milho segunda safra, gergelim e arroz. Por outro lado, houve redução no milho primeira safra, feijão, trigo, algodão e soja.

A quebra observada em relação ao ciclo passado, de acordo com o levantamento, deve-se sobretudo à intensidade do fenômeno El Niño, que nesta safra teve influência negativa no comportamento climático desde o início do plantio, chegando inclusive às fases de reprodução das lavouras de primeira safra plantadas até o final de outubro, nas principais regiões produtoras do país.

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