Seplan estuda possibilidade de ocupação de imóveis históricos

A situação dos imóveis históricos da região central está em discussão na Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan). O objetivo é desenvolver ações para fortalecimento do turismo naquela região e, também, inserir imóveis subutilizados para transformá-los em residências. A informação é da titular da pasta, Isabella Nascimento, que na manhã dessa terça-feira (22) participou do JM News 1ª Edição, na Rádio JM.

Ainda em processo embrionário, a secretária indicou que o objetivo é criar espaços na área central para a realização de eventos com potencial de atração turística, ao longo da avenida Leopoldino de Oliveira. Que sejam utilizados os espaços públicos para promoção de feiras e exposições.

“Temos aqui em Uberaba áreas que eu chamo de pitorescas, com grande potencial turístico. Então, temos que buscar recursos para que essas áreas sejam mais atrativas, para que ocorram circuitos gastronômicos, feiras artesanais, circuitos musicais, feiras de paisagismo, de antiquários. Algo mais cosmopolita e que dê percepção diferenciada para o turista permanecer em Uberaba”, ressaltou.

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A secretária destacou que outra ação deve envolver iniciativas na rua Arthur Machado, com o Calçadão e Praça Rui Barbosa, abrangendo os casarões históricos.

“Nesse caminho, tem o Cine Metrópole, que é muito significativo para a história de Uberaba. E, realmente, é um prédio que se encontra muito degradado. Estamos reformulando a proposta para aquele prédio e outros da área central, pois exige um volume grande de recursos para a realização de restauro. E estamos trabalhando com o Conselho de Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba (Conphau) e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) para avaliarmos quais os prédios que podem passar por essas intervenções”, ressaltou.

Para Isabella Nascimento, a cooperação com o Iepha é fundamental para decidir sobre o futuro dos imóveis históricos, localizados na região central de Uberaba.

Outra possibilidade é a avaliação de imóveis subutilizados, com potencial para serem reestruturados e transformados em habitação. “Inclusive, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida ganhou uma nova frente que prevê a reabilitação de edifícios abandonados. E ainda estamos estudando junto com o Conphau e Iepha os 160 imóveis históricos da área central para definirmos os que estão aptos para reforma. Será um trabalho de seis meses”, destacou.

Isabella destacou que dois imóveis tradicionais, o Palácio do Bispo e o Cine Metrópole, podem ter destinação comercial. No caso do primeiro, o projeto já está em andamento. O segundo está em estudo paralelo e pode ser destinado a habitação, juntamente com o Grande Hotel.