Serviços de saúde dividem opinião de usuários

Apesar de aproximadamente 40% dos uberabenses considerarem os serviços de saúde no município sem qualidade, o secretário municipal de Saúde, Valdemar Hial, considera positivos os números da pesquisa realizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Cepes/Aciu). No levantamento, 18,5% dos uberabenses avaliaram como bom o desempenho do setor, 3,5% responderam ótimo e 37,5%, regular. A Saúde é ruim para 20,25% da população e 18,38% a considera péssima. Conforme o titular da Saúde, o resultado mostra aprovação de 59,5% para o setor. Hial argumenta que, principalmente em Saúde, o regular corresponde a avaliação positiva. “Essa resposta indica que nosso atendimento está dentro da média. Então, estamos bem porque é uma área com muitas demandas e sujeito a mais críticas”, acrescenta. Quanto à reprovação de 38,5% verificada na pesquisa, o secretário afirma que isso demonstra que ainda existem problemas a serem resolvidos. Segundo ele, a Prefeitura identificou as falhas por meio do telemarketing. Entre os pontos fracos, Hial cita a falta de médicos especialistas em dermatologia e pneumologia, por exemplo, que gera demanda reprimida nas consultas. Outra questão é o abastecimento das farmácias. De acordo com o secretário, é rotineiro um item acabar em determinada unidade e a secretaria precisa de agilidade para redistribuir os estoques. “Por isso, estamos informatizando as farmácias. Se falta em uma, verificamos nas outras e basta mandar buscar”, conta. Ressaltando que o levantamento é essencial para balizar soluções, o secretário garante que a administração não está acomodada e continua em busca de melhorias para a Saúde Pública. “Saúde sempre vai ter problema porque os recursos são limitados. Mas não estamos parados”, disse, citando a terceirização da frota de ambulâncias como avanço. O Cepes ouviu 800 pessoas maiores de 16 anos e residentes em Uberaba há, no mínimo, um ano para o levantamento.

A coleta de dados ocorreu entre 27 e 30 de agosto. O centro também foi responsável pela pesquisa sobre a localização do Hospital Regional.