A falta de segurança motivou o fechamento de seis agências de credenciados bancários, subordinados à Cooperativa de Crédito Rural
A falta de segurança motivou o fechamento de seis agências de credenciados bancários, subordinados à Cooperativa de Crédito Rural de Micro e Pequenos Empresários do Vale do Rio Grande Ltda. (Sicoob/Uberaba). A decisão pegou clientes, funcionários e empresários de surpresa no início desta semana.
Os envolvidos reclamaram da forma como o desligamento aconteceu. Um deles, o servidor estadual aposentado Walter Melo, dono de uma agência na rua Coronel Manoel Prata, procurou a redação do Jornal da Manhã para reclamar sobre a forma como a relação comercial foi encerrada. “Nem enviaram aviso, chegaram de uma vez e puxaram a porta para baixo”, conta o aposentado, que investiu na compra de equipamentos e pagamento de funcionários durante cinco anos. “Tomamos um grande prejuízo por conta do erro de outras pessoas e agora ficamos sem saber o que fazer porque é preciso começar do zero”, afirma.
Segundo Walter, além do prejuízo financeiro resultante dos acertos trabalhistas e materiais de escritório que ficaram inutilizáveis, a pior consequência do encerramento abrupto foi a demissão coletiva dos funcionários sem que não houvesse sequer aviso sobre a possibilidade. “Só gostaria de deixar registrada minha frustração”, conclui.
O presidente da Cooperativa Sicoob/Uberaba, Aguinaldo Silva, explicou que a falta de segurança foi o principal motivo para o encerramento das atividades nos credenciados. Segundo ele, apenas no último ano foram assaltados onze vezes, sendo duas em 2010. Apesar de receberem apenas contas de água, luz, telefone e boletos, a movimentação de dinheiro acaba chamando a atenção dos bandidos.
Aguinaldo lembra ainda que dois credenciados foram assaltados à mão armada, no meio da rua, mas o problema começou com outra situação. Um credenciado do bairro Abadia se envolveu em problemas financeiros pessoais e acabou desviando dinheiro do Pague Contas, cerca de R$ 52 mil, afetando a parceria. Com isso, de acordo com Aguinaldo, o mesmo acabou sendo descredenciado. Já o desligamento dos demais aconteceu por motivo de segurança.
O dirigente da cooperativa não tem um levantamento de quantas pessoas perderam o emprego, mas acredita que sejam pelo menos doze. “Eu entendo que toda a sociedade perde, a cooperativa perde a visibilidade e a oportunidade de os correspondentes ganharem dinheiro, sem falar na perda de empregos”, concluiu.