No auge da movimentação sindical em Uberaba, trabalhadores da indústria da construção civil e do mobiliário ainda não receberam documento oficial com as contrapropostas do setor patronal. De acordo com o líder sindical José Lacerda Sobrinho, a pauta de reivindicações foi entregue no dia 18 de fevereiro, mas até hoje nenhuma resposta formal foi direcionada ao sindicato. Ele acena que a categoria vai aguardar até a data-base, dia 1º de maio, e, caso as negociações não evoluam, vai acionar o Ministério do Trabalho. “Acredito que os empresários terão bom senso e compreensão”, aposta Lacerda, ressaltando que a expectativa é de que não seja necessária a interferência do Ministério. Um dos segmentos da categoria que historicamente negocia a relação empregatícia através de acordos coletivos desvinculados das assembleias gerais é formado pelos trabalhadores da Duratex (nome alterado surgido em 2010, através de junção com a empresa Satipel). A empresa já entregou a contraproposta ao sindicato e, segundo Lacerda, o único impasse ao fechamento do documento continua sendo o reajuste salarial. “Nós nos reunimos na quarta-feira (7) e acordamos com a manutenção de todas as cláusulas trabalhistas anteriores, mas agora estamos pleiteando ganho real sobre o piso”, informa o presidente. De acordo com ele, a proposta dos empresários inclui ao piso apenas a aplicação da inflação, um acréscimo de 4,87%.