O sistema de teleatendimento médico que está em utilização na Unidade de Pronto Atendimento do bairro São Benedito foi testado previamente no Mário Palmério Hospital Universitário e posteriormente colocado em prática. Raelson Batista Lima, diretor da Sociedade Educacional Uberabense, falou sobre o tema durante entrevista no programa Pingo do J, da Rádio JM.
Raelson afirmou que o modelo utilizado em Uberaba é único e não estimula o paciente a ir embora da unidade de saúde, mas sim a aguardar o atendimento na própria UPA.
“Se o paciente aceita ser atendido pelo modelo da telemedicina, ele é levado para uma área de atendimento, e a primeira diferença é essa. Em outras cidades que já atendem por telemedicina, o paciente é estimulado a ir para casa e aguardar no horário marcado, e nós não entendemos que isso seja o ideal, porque o paciente já foi até a UPA. É complicado dizer 'você não completou seu atendimento, mas vai para casa', e nós entendemos que isso não é legal”, revela.
Outro ponto destacado por Raelson é que o paciente fica acompanhado por um profissional de saúde durante o atendimento virtual. “Suponhamos que o médico, na hora do teleatendimento, quer saber a pressão arterial do paciente naquele momento; esse profissional que está acompanhando pode fazer essa medição na hora”, detalha.
O diretor lembrou ainda que, em outros países, como na França, há cabines com aparelhos que possibilitam a medição da pressão arterial e o levantamento da língua do paciente, mas ele revelou que essa realidade ainda está distante do Brasil.