Frederico Ramos explica que as síndromes respiratórias e dengue arrefeceram em Uberaba, mas que a movimentação nas unidades deve permanecer alta devido às doenças típicas de tempo seco
Neste momento, as atenções se voltam com mais intensidade às doenças relacionadas ao tempo seco e à recente volta às aulas (Foto/Divulgação)
Após picos de atendimento relacionados a dengue e síndromes respiratórias nos meses de abril e maio, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Uberaba já registram queda nos casos. Segundo o diretor administrativo da Sociedade Educacional Uberabense (SEU), Frederico Ramos, a demanda atual está em torno de 8 mil atendimentos na UPA Mirante e 9 mil na UPA São Benedito, abaixo dos quase 10 mil e 11 mil atendimentos registrados durante o auge das arboviroses. Neste momento, as atenções se voltam com mais intensidade às doenças relacionadas ao tempo seco e à recente volta às aulas.
“Podemos considerar a situação estável, mas sabemos que, nos primeiros meses do ano, há sempre um aumento de casos de dengue e síndromes respiratórias, que normalmente se estendem até julho. Este ano foi atípico, com mais casos aqui em Uberaba do que na região de Belo Horizonte, enquanto o cenário em São Paulo acompanhou um padrão inverso”, explicou Ramos, em entrevista à Rádio JM.
Para os próximos meses, o diretor alerta que o retorno recente das aulas e o clima seco podem aumentar a procura pelas UPAs, principalmente por viroses comuns à temporada. “Nos últimos meses do ano, a rotina segue com casos de lombalgia, problemas respiratórios exacerbados pelo tempo seco e viroses que afetam principalmente crianças. Na pediatria, os casos aumentam um pouco após o recesso escolar e tendem a cair novamente em outubro e novembro”, completou.
Ramos reforçou que o planejamento das unidades acompanha o ciclo natural das doenças e que a população deve manter cuidados preventivos, como hidratação adequada, uso de repelentes e atenção aos sintomas respiratórios. “O acompanhamento da demanda permite que as UPAs se organizem para atender com qualidade, mesmo diante de variações sazonais”, concluiu.