Município ainda tem problemas para verificar exigências da saúde no programa Bolsa Família. Prefeituras precisam acompanhar se as famílias beneficiadas estão regulares com o calendário de vacinação de crianças com até sete anos de idade e se as gestantes estão em dia com o pré-natal. O último ciclo de avaliação terminou em junho e Uberaba só conseguiu cobrir 58% dos beneficiários. Balanço foi divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Das 5.352 famílias cadastradas, o município não conseguiu verificar o cumprimento das condicionalidades em saúde para 2.245. Com isso, o índice de acompanhamento chegou a 58%, um pequeno avanço comparado ao relatório de abril, que fechou em 54%.
Conforme a secretaria municipal de Desenvolvimento Social, Maria Thereza Rodrigues da Cunha (PT), o percentual reflete as próprias limitações do Programa Saúde da Família (PSF). Ela salienta que a cobertura do PSF não atinge 60% da população uberabense e a lacuna dificulta apurar as condição de saúde dos beneficiários do Bolsa Família. “Eles têm sido parceiros, mas não chegam a todos os pontos da cidade. Já escolas, temos uma por bairro. Isso ajuda a ter controle da frequência escolar”, argumenta.
O Ministério do Desenvolvimento Social ainda não consolidou o índice sobre as condicionalidades da Educação. Entretanto, balanço parcial apontava em meados de junho que de 9.226 alunos, 8.279 estavam sendo acompanhados. Um percentual de 89%.
A secretaria salienta também que os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) precisam ter mais aproximação com as famílias. “Precisamos fazer com que o CRAS cumpra essa função e não centralizar ações na secretaria”, pondera.
De acordo com Maria Thereza, a expectativa com o próximo Índice de Gestão Descentralizada (IGD) é ampliar o volume de recursos. O último repasse foi de R$ 7.923. No entanto, o resultado final ainda deverá ficar longe do teto permitido para o município, R$ 25.460.