Uberaba registra aumento de 500% no registro de crimes de homofobia em 2024

O número de ocorrências por homofobia registradas em Uberaba chegou a seis nos primeiros seis meses deste ano. No mesmo período do ano passado, foi registrada apenas uma ocorrência, um aumento de 500%. Os dados são da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG). O mesmo levantamento mostra que entre 2016 e 2024, o total de registros policiais é de 60, sendo apenas uma delas referente a tentativa.  

Janeiro e junho foram os meses com mais ocorrências consumadas neste ano, com duas em cada mês. Os meses de fevereiro e abril não registraram nenhuma ocorrência. Em 2023, o balanço total chegou a nove crimes consumados, sendo julho (3) o mês com mais registros. Já os meses de agosto e dezembro contabilizaram duas ocorrências consumadas cada um.

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O total de vítimas envolvidas nas ocorrências chegou a 69, e 34% delas não possuíam nenhum tipo de relacionamento com o autor. Em segundo lugar, aparece a categoria amigo/conhecido, com nove ocorrências. A faixa etária predominante das vítimas é de 20 a 24 anos, e 60% são de etnia branca. A orientação sexual que mais registrou ocorrências é homossexual, com 54%. 

Nos primeiros seis meses deste ano, foram registradas ocorrências de injúria (2), injúria racial (2), ameaça (1) e agressão (1). No ano passado, foram registradas quatro ocorrências de injúria e uma de difamação, descumprimento de medida protetiva, importunação sexual, sequestro e cárcere privado, além de outro tipo de ação. 55% dos casos ocorreram em via pública.

O número de autores de crimes registrados em ocorrências é quatro. A prevalência do perfil dos autores é de pessoas brancas, com faixa etária não definida. Em 50% dos casos, os autores não foram conduzidos à delegacia. Em nenhum dos casos foram informadas a identidade de gênero ou a orientação sexual dos autores. 

Em 2023, o total de autores envolvidos em casos de homofobia chegou a oito. O perfil dos autores é de pessoas brancas, entre 15 e 49 anos. Em 75% dos casos, os autores não foram encaminhados à delegacia. Também não foram informadas a identidade de gênero ou a orientação sexual.