TRISTE DADO

Uberaba tem quase 2 mil casos de violência contra a mulher este ano

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública por ocasião do “Agosto Lilás” apontam que a maior parte dos casos ocorre dentro de casa

Marconi Lima
Publicado em 22/08/2024 às 18:32Atualizado em 23/08/2024 às 07:33
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Em Uberaba, conforme o levantamento, foram registradas 1.907 ocorrências de violência contra a mulher (Foto/Reprodução)

Governo de Minas divulgou levantamento que mostra o perfil da violência doméstica no estado nos primeiros sete meses do ano. A estratificação dos dados foi realizada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), como parte das ações de sensibilização do movimento “Agosto Lilás”.

Em Uberaba, conforme o levantamento, foram registradas 1.907 ocorrências de violência contra a mulher. Desse total, foram 823 por violência física, 683 por violência psicológica, 267 por outros tipos de violência, 71 foram violência patrimonial, 40 por violência moral e 23 por violência sexual.

Ainda conforme o levantamento, o maior número de agressões ocorreu em casa, com 610 registros. E na maioria das vezes, em 314 casos, o agressor era o cônjuge, ou ex-cônjuge em 145 registros. As agressões cometidas por filhos ou enteados foram registradas 47 vezes.

A maior parte das vítimas, 23,91%, possuía o Ensino Médio completo. E em 20,5% dos casos não foi informada a escolaridade da mulher agredida.

Os dados divulgados pelo governo de Minas apontam que 687 mulheres vítimas de agressão em Uberaba se declararam da cor parda, liderando a estatística quanto à raça. Em relação à faixa etária, o maior número de agressões ocorreu com pessoas do sexo feminino entre 31 e 40 anos, sendo 540 no total.

A maior parte das vítimas se declarou solteira – foram 754, seguida por 436 em união estável, 351 não informaram e 190 eram casadas.

O governo de Minas aponta que em todo o Estado, o levantamento revela que os feminicídios tiveram redução de 20,8% de janeiro a julho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Foram 80 mortes contra as 101 registradas nos sete primeiros meses de 2023. Os dados também são menores que os do mesmo período de 2022 (104).

A redução também ocorre de forma amena, beirando a estabilização, nos casos de violência doméstica em geral, no estado. São 600 registros de violência contra a mulher a menos nos sete primeiros meses, uma redução de 0,7% (87.195 para 86.595).

De acordo com os dados, a violência psicológica segue ultrapassando os casos de registros de violência física no estado, como já apontado no ano passado.

Os registros de ameaça, manipulações, humilhações e proibição do direito de falar com amigos ou parentes, por exemplo, alcançaram a marca de 36%, enquanto os atos de violência física ficaram com 35%.

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