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Uberaba teve mais de 250 crimes de violência sexual contra crianças e adolescentes em 2022

Segundo boletim emitido pela Secretaria de Saúde, a prevalência é do crime de estupro, com 154 notificações

Rafaella Massa
Publicado em 04/07/2023 às 20:37
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Imagem Ilustrativa (Foto/Ilustrativa)

Boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aponta a notificação de 251 casos de violência sexual contra a criança e o adolescente no ano passado em Uberaba. O número corresponde a 15,7% do total registrados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde, que inclui outros tipos de violência. 

Segundo o boletim, a prevalência dos crimes cometidos é de estupro, com 154 notificações. Eles correspondem a mais da metade dos casos, chegando a 61,4%, seguido pelo crime de assédio sexual, que representa 27,5%. Também foram notificados neste período 20 casos de pornografia infantil e um de exploração sexual. 

Amigos/conhecidos são os principais prováveis autores da violência, com 73 casos, seguidos pela categoria "outros vínculos", que corresponde a tios, primos, enteados, avôs, etc., com 46 casos. O boletim também informa que 42 registros identificaram o pai da criança ou adolescente como suspeito, enquanto em 38 situações o padrasto era o possível autor da violência. 

Desconhecidos são suspeitos em 18 casos, irmãos em 15, namorados em 10 casos e cuidadores, ou seja, ligados à creche ou babás, são os possíveis agressores em dois casos. Conforme o boletim, em sete casos registrados como "mãe", seis se referem ao consentimento ou conhecimento da mãe e um caso está relacionado ao ato de violência executado pela mãe. 

Em 74,1% das situações, a vítima é do sexo feminino e 25,8% do sexo masculino. A faixa etária de notificação tem maior prevalência de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, totalizando 116 casos. A segunda faixa etária com maior notificação é a de 5 a 9 anos, com 61 casos, seguida pela faixa de 0 a 4 anos, com 45 casos. Em 29 registros, as vítimas tinham entre 15 e 18 anos. Ainda, das 251 vítimas, 111 são crianças de cor parda, 106 de cor branca, 29 de cor preta, duas indígenas e uma de cor amarela. 

A unidade que mais registrou casos foi o CAPS Infantil, totalizando 154 atendimentos em 2022. O boletim pontua que o panorama retrata uma assistência predominantemente tardia, "pois conforme fluxo vigente no período analisado, a porta de entrada para casos de violência sexual ocorridas em até 72 horas é o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), que registrou 91 atendimentos no ano". 

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