Oito árvores da espécie ipê, localizadas no entorno do Parque de Exposições Fernando Costa, na avenida Apolônio Sales, foram destruídas na madrugada de ontem.
Enquanto se dirigia ao trabalho na manhã de ontem, o funcionário responsável pelo paisagismo do local, Pylades Ferreira Tibery, descobriu o resultado do vandalismo e procurou, revoltado, a redação do Jornal da Manhã. “Eu mesmo as plantei, então, foi muito sofrido passar por lá e ver trabalho e dinheiro jogados fora daquele jeito”, protesta. “Sem contar o quanto se fala em consciência ambiental nos tempos atuais, mas fica tudo só na conversa, infelizmente”, completa.
De acordo com ele, as árvores foram compradas no Estado de São Paulo, com cerca de sete anos de idade, época em que, segundo o paisagista, elas atingem a meia-idade e já podem florescer. O valor aproximado das oito árvores juntas chega a cifras próximas a R$ 2 mil. “Plantei-as há mais de 90 dias, já estavam com cerca de seis metros e, daqui a pouco, já começariam até a fazer sombra. É uma judiação”, reclama.
De acordo com o diretor do Departamento de Recursos Ambientais de Prefeitura, José Sidney Fulano, não havia autorização municipal para o corte das árvores. “Nesse caso, duas penalidades foram cometidas porque, além de cortar sem autorização, deixaram os resíduos da ação na via”, esclarece. Para ele, a atuação da recém-criada Central de Fiscalização da PMU, programada para iniciar no dia 1º de agosto, pode inibir infrações desse tipo.
Informações da Polícia Ambiental apontam que o problema constitui um caso incomum de vandalismo, já que, na maioria das situações que envolvem crimes ambientais contra a flora, é pequeno o número de árvores atingidas, não passando de uma, às vezes, duas plantas. Quando as árvores são destruídas em maior quantidade, como ocorreu com o ipês, a ação quase sempre gera denúncias ou deixa testemunhas, o que não aconteceu dessa vez. A polícia ainda não tem suspeitos sobre quem pode ter cometido o crime.