Venda de reciclados tem melhora, em comparação aos números do ano passado, mas ainda precisa de apoio e preços mais compensatórios. Em 2009, por causa da crise mundial, o mercado de reciclados freou e o valor pago pelo quilo do alumínio, papel e plástico foi mínimo.
Sebastião Francisco de Freitas, presidente do Projeto Cáritas de reciclagem, relatou que muitas associações e empresas fecharam as portas no ano passado por causa dos preços ruins. Contudo, apesar de algumas compradoras de recicláveis terem diminuído os preços recentemente por ter muito estoque, a recuperação vem acontecendo há alguns meses.
Segundo Sebastião, o mercado de recicláveis é regido principalmente pela oferta e procura. “Por isso é bom
procurar diferentes fornecedores, para garantir um preço melhor.”
De acordo com Antônio Marcos Polvarin, diretor da Cooperativa dos Recolhedores Autônomos de Resíduos Sólidos e Materiais Recicláveis de Uberaba – Cooperu, em 2010 os preços estão melhores do que na mesma época do ano passado, mas ainda não chegaram ao ideal.
“Quando o preço não ’tá muito bom, temos que compensar produzindo mais.
O material gera muita mão-de-obra, passa por um processo muito longo, tem a descompensação do valor com os custos de transporte e motorista”, explica Polvarin.
O Cáritas tem 12 associados e a Cooperu, 11. Por mês, a renda média dos operários de reciclagem é de um salário mínimo.