O prefeito Anderson Adauto (PMDB) encaminhou ontem, durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores, correspondência confirmando que a instalação de novos equipamentos eletrônicos de controle do trânsito está suspensa até efetivação dos estudos encomendados ao arquiteto Jaime Lerner. A correspondência foi lida em plenário e os vereadores aprovaram a atitude da Prefeitura, destacando a importância de se avaliar, tecnicamente, alternativa para se evitar ou mesmo regular o uso de radares.
Para o vereador Tony Carlos (PMDB), que fez duras críticas enfatizando que Uberaba estava se transformando em indústria da multa, a união dos vereadores teve papel fundamental. “A Câmara cumpre seu papel, que é o de lutar pelo direito do cidadão. Ao ver a decisão do prefeito, fica provado que os vereadores têm que se unir para acabar com esta indústria da multa”, destacou.
O vereador ainda fez um alerta sobre a necessidade de averiguar os aditivos do contrato da empresa responsável pelos radares, conforme solicitado em requerimento pelo vereador Afrânio Cardoso de Lara Resende, visto que há informações de que a empresa ganha, além do valor estipulado no contrato de R$ 9 milhões, mais a metade do valor arrecadado com as multas.
Já o vereador Almir Silva (PR) voltou a reivindicar investimentos na área de segurança no trânsito. O vereador Lerin questionou sobre os laudos mostrando a eficácia dos 19 radares e voltou a sugerir que o município transforme as multas em aulas de educação no trânsito. O democrata Itamar Ribeiro de Rezende se mostrou contrário à vinda de técnicos de outra cidade para avaliar o trânsito de Uberaba. Para ele, o município tem profissionais capazes no setor.