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Botafogo alerta risco de colapso financeiro em disputa com Eagle, aponta ESPN

Publicado em 21/08/2025 às 08:03
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John Textor terá que captar R$ 638 milhões, caso contrário Botafogo terá um colapso financeiro (Foto/Vitor Silva/Botafogo)

John Textor terá que captar R$ 638 milhões, caso contrário Botafogo terá um colapso financeiro (Foto/Vitor Silva/Botafogo)

O Botafogo revelou à Justiça do Rio de Janeiro que corre risco de um “colapso financeiro” caso John Textor não consiga captar 100 milhões de euros (cerca de R$ 638 milhões) por meio da empresa Eagle Cayman, criada pelo empresário norte-americano nas Ilhas Cayman, para auxiliar no pagamento de dívidas e obrigações do clube. A informação foi publicada pela ESPN, que teve acesso aos documentos do processo que tramita no TJ-RJ.

Um laudo da Meden Consultoria, anexado ao processo, apontou que apenas as transações relacionadas à compra de atletas somam atualmente quase R$ 1 bilhão, considerando curto e longo prazo. O valor representa um aumento expressivo em relação a 2024:

Obrigações de curto prazo (a pagar até junho de 2026): R$ 625,8 milhões [eram R$ 444 milhões em 2024]

Obrigações de longo prazo (após junho de 2026): R$ 343,7 milhões [eram R$ 175,9 milhões em 2024]

Total: R$ 969,5 milhões

Segundo a SAF do Botafogo, a disputa societária envolvendo a Eagle Football Holdings e John Textor coloca em risco a solvência do clube. A holding norte-americana move ação para suspender medidas de Textor, incluindo a movimentação financeira envolvendo a Eagle Cayman, mas os advogados alvinegros alegam que a liminar pode agravar a crise.

Nos autos, os representantes do clube destacam que o conflito impede qualquer perspectiva de pagamento das dívidas, enquanto a injeção de capital via Eagle Cayman é vista como essencial para manter o clube em funcionamento. Trechos do processo, aos quais a ESPN teve acesso, mencionam risco de “asfixia”, “caos financeiro” e “colapso”.

O documento ressalta que os recursos a serem captados por Textor seriam inéditos, vindos de investidores externos, e destinados a garantir o cumprimento das obrigações de curto e médio prazo do clube, além de proteger os investimentos da temporada em curso. Sem esse aporte, alerta a SAF, o Botafogo pode sofrer desvalorização de ativos e prejuízos aos credores.

MOVIMENTAÇÕES JUDICIAIS

Além do processo na 2ª Vara Empresarial, o clube associativo contestou recentemente a ação da Eagle, defendendo seu direito de retomar o controle da SAF caso a holding não cumpra os aportes previstos em contrato. A ESPN destaca que já existem investidores interessados em assumir a SAF, mas seus nomes não foram divulgados.

Em outro caso, na 3ª Vara Empresarial do TJ-RJ, as ações da Eagle na SAF foram congeladas, e a holding foi obrigada a pagar R$ 152,5 milhões ao Botafogo, garantindo que Textor permanecesse no comando do clube. A reportagem da ESPN também revelou que o empresário grego Evangelos Marinakis concedeu empréstimo milionário a Textor, conversível em participação na SAF, caso Textor não consiga quitar a dívida, fortalecendo sua posição frente à Eagle.

O Botafogo reforça que a continuidade da operação financeira e a captação de novos investidores são vitais para evitar o colapso do clube, mantendo a SAF funcional e preservando o planejamento esportivo e financeiro.

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