Richarlison vive momento de reconstrução na carreira (Foto/Arquivo)
A seleção brasileira intensificou os trabalhos na Granja Comary neste sábado (6), dando sequência à preparação para o duelo contra a Bolívia, válido pela última rodada das eliminatórias da Copa do Mundo. O jogo acontece na próxima terça-feira (9), às 20h30 (de Brasília), em El Alto, cidade situada a mais de 4 mil metros de altitude, um dos grandes desafios da competição.
O treino do dia foi restrito a familiares e convidados da CBF, sem presença da imprensa, o que aumentou o clima de mistério em torno das escolhas do técnico Carlo Ancelotti. O italiano ainda não definiu o time titular, mas começou a testar variações.
Ancelotti dividiu o elenco em dois grupos, sem a utilização de goleiros. De um lado estavam Vitinho, Marquinhos, Alex, Caio Henrique, Andrey Santos, Jean Lucas, Paquetá, Estêvão, Richarlison e Samuel Lino. Do outro, Wesley, Fabrício Bruno, Gabriel Magalhães, Douglas Santos, Bruno Guimarães, Andreas Pereira, Luiz Henrique, Raphinha, Martinelli e João Pedro.
A expectativa é de que o treinador inicie neste domingo (7) o esboço de uma escalação mais próxima da ideal, já que o time ainda terá treinos domingo à tarde e segunda-feira pela manhã antes do embarque para a Bolívia.
A delegação brasileira seguirá inicialmente para Santa Cruz de La Sierra e, apenas horas antes da partida, subirá para El Alto, na tentativa de reduzir os efeitos da altitude.
Uma das novidades foi a chegada de Andreas Pereira, do Palmeiras. O meio-campista foi chamado para substituir Kaio Jorge, cortado por lesão, e pode ocupar a vaga deixada por Casemiro, suspenso. Sua presença dá mais opções a Ancelotti no setor de criação.
Paralelamente, a preparação conta com a recuperação de nomes importantes. Richarlison, por exemplo, vive momento de reconstrução na carreira. Depois de enfrentar lesões e um quadro de depressão nos últimos anos, o atacante tem reencontrado o bom futebol no Tottenham. Já soma gols e assistências nesta temporada da Premier League e se coloca novamente como candidato a ser o camisa 9 de confiança da seleção.
Quem acompanhou sua formação, como Régis Masarin, técnico das categorias de base, e Abel Braga, que o lançou no Fluminense, destaca a perseverança e disciplina do jogador. Ambos acreditam que sua relação com Ancelotti, já dos tempos de Everton, pode ser determinante para consolidar o “Pombo” como referência ofensiva.
Além da Bolívia, a seleção tem amistosos confirmados contra Coreia do Sul, em 10 de outubro, e Japão, no dia 14. Para Ancelotti, será a oportunidade de ajustar o grupo antes da Copa do Mundo, consolidando nomes e estratégias.
O clima em Teresópolis é de foco total. A altitude boliviana é o adversário invisível, mas a confiança do grupo é de que a preparação planejada dará resultados.