Corinthians sofre novo revés e é condenado a pagar R$ 41,3 milhões a Rojas (Foto/Rodrigo Coca/Corinthians)
Nesta terça-feira (23), a Corte Arbitral do Esporte (CAS), com sede na Suíça, determinou que o clube paulista indenize o meia paraguaio Matías Rojas em R$ 41,3 milhões.
A decisão é definitiva e não cabe recurso dentro da esfera desportiva internacional.
Rojas havia acionado a Justiça esportiva alegando atrasos reiterados no pagamento de seus direitos de imagem.
Contratado em 2023 com vínculo até 2027, o jogador participou de 30 partidas pelo Timão, mas não balançou as redes.
Incomodado com os atrasos, decidiu rescindir o contrato de forma unilateral em 2024 e hoje atua pelo Portland, dos Estados Unidos.
O Corinthians havia recorrido da condenação inicial da Fifa, mas a CAS não apenas confirmou a infração, como elevou o valor da compensação.
Se o montante não for quitado em até 45 dias, o clube corre risco de sofrer transfer ban, ficando novamente impedido de registrar novos atletas.
Esse não é o único problema na lista alvinegra.
Atualmente, o Timão já convive com restrição semelhante devido ao não pagamento ao Santos Laguna, do México, pela compra do zagueiro Félix Torres.
Além disso, há pendências com o Talleres, da Argentina, referentes ao meia Rodrigo Garro, e com o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, em razão do empréstimo de Maycon.
O acúmulo de processos ameaça comprometer futuras negociações e reforços.
Especialistas em gestão esportiva avaliam que a soma das dívidas internacionais pressiona ainda mais a busca por novos modelos de pagamento, inclusive no acordo da Arena Corinthians, que segue em aberto.
Para a torcida, a situação é vista como reflexo de más administrações e da dificuldade do clube em equilibrar despesas e receitas.
Já para o elenco, aumenta a incerteza sobre investimentos e a capacidade de manter competitividade no cenário nacional e continental.
Enquanto o departamento jurídico avalia saídas, resta ao Corinthians encontrar soluções rápidas para evitar novas sanções.
O caso Rojas, agora encerrado judicialmente, é mais um símbolo do momento turbulento que o clube atravessa.