Brasil pode ter seis times garantidos na fase de grupos da Libertadores (Foto/Arquivo)
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estuda mudanças que podem alterar a participação dos clubes nacionais na Copa Libertadores da América. A ideia é eliminar a presença de equipes brasileiras na chamada Pré-Libertadores, fase que antecede a etapa de grupos da competição continental.
Com a alteração, o País abriria mão de duas vagas nessa etapa preliminar, mas ganharia mais um assento direto na fase principal do torneio.
Assim, o Brasil passaria a ter seis clubes garantidos entre os participantes da fase de grupos.
O principal argumento da CBF é aliviar o calendário nacional, que sofre com excesso de jogos entre fevereiro e março. Sem a necessidade de disputar confrontos eliminatórios, seriam liberadas quatro datas nesse período, dando mais fôlego para estaduais e início do Brasileirão.
A proposta, no entanto, depende de aceitação da Conmebol.
A entidade que organiza a Libertadores terá de aprovar a mudança, já que a distribuição das vagas impacta diretamente no formato do torneio.
Na última semana, o presidente da CBF, Samir Xaud, esteve em Assunção, no Paraguai, para tratar do assunto pessoalmente. Ele se reuniu com dirigentes da Conmebol e apresentou o plano como uma alternativa para conciliar o calendário brasileiro com as exigências da competição continental.
A discussão ocorre em meio a críticas recorrentes de clubes e técnicos sobre a maratona de partidas no Brasil. Equipes que começam o ano com compromissos estaduais, já emendam Pré-Libertadores, Copa do Brasil e, em seguida, o Campeonato Brasileiro.
Para muitos dirigentes, a retirada da Pré-Libertadores significaria reduzir desgaste físico dos atletas e ampliar as chances de desempenho positivo no cenário internacional.
A Conmebol avalia os impactos da proposta e deve discutir o tema com representantes de outras federações nacionais.
Caso a ideia avance, a partir das próximas edições a torcida brasileira já poderia se acostumar a ver seus clubes entrando diretamente na fase de grupos. Seria o fim da participação do futebol nacional na fase preliminar, que tantas vezes trouxe risco de eliminação precoce.
O debate está apenas no início, mas já promete gerar polêmica: aliviar o calendário pode significar abrir mão de espaço competitivo na etapa inicial. Agora, a questão está nas mãos da Conmebol, que terá de decidir se aceita ou não o novo desenho proposto pela CBF.