O Corinthians tenta negociar o pagamento ao Santos Laguna para garantir a inscrição de novos jogadores (Foto/Arquivo)
O Corinthians enfrenta uma corrida contra o tempo para evitar o transfer ban imposto pela Fifa devido a uma dívida com o clube mexicano Santos Laguna. A pendência refere-se a atrasos nos pagamentos pela transferência do zagueiro Félix Torres, formalizada em 2023, que resultou em uma condenação ao pagamento de US$ 6,14 milhões (aproximadamente R$ 34 milhões).
A Corte Arbitral do Esporte (CAS) estabeleceu o prazo até as 23h59 desta segunda-feira (11) para que o Corinthians quite a dívida ou chegue a um acordo com o clube mexicano. Caso contrário, o clube paulista ficará proibido de registrar novos jogadores enquanto a pendência não for solucionada.
Apesar dos esforços nos bastidores, a diretoria corintiana ainda não conseguiu acertar um novo formato de pagamento com o Santos Laguna. O pagamento integral dentro do prazo é considerado inviável devido à delicada situação financeira do clube. Fontes próximas às negociações classificam como “improvável” a possibilidade de um novo parcelamento aceito pelos mexicanos.
Diante da ameaça da punição, o Corinthians antecipou a regularização do atacante Vitinho, contratado na última sexta-feira. O jogador teve seu contrato registrado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF nesta segunda e está liberado para estrear, garantindo a presença de reforços para o time mesmo com o risco de transfer ban.
Além do caso Félix Torres, o Corinthians enfrenta outras duas possíveis punições relacionadas a débitos com clubes estrangeiros. Uma delas envolve a transferência do meia Rodrigo Garro, que gerou uma dívida de US$ 3,6 milhões (R$ 19,6 milhões) ao Talleres, da Argentina, além de juros de 18% ao ano a partir de janeiro de 2024. O valor também inclui US$ 700 mil (R$ 3,8 milhões) em despesas operacionais.
O clube ainda aguarda a decisão da Corte Arbitral do Esporte sobre o recurso relacionado ao caso do meia Matías Rojas. A Fifa já condenou o Corinthians ao pagamento de R$ 40,4 milhões ao jogador paraguaio, que rescindiu seu contrato no início deste ano. Esse montante corresponde à indenização pelo restante do vínculo, que iria até junho de 2027.
Com o cenário de múltiplas dívidas e recursos em andamento, o Corinthians vive um momento delicado financeiramente, com o risco real de ser impedido de contratar jogadores, o que pode comprometer a montagem do elenco para as próximas competições. A diretoria segue em busca de soluções para evitar maiores prejuízos esportivos e financeiros.