O ambiente na seleção da França piorou ainda mais. Um dia após a expulsão do atacante Anelka, o lateral esquerdo Evra, capitão da equipe, teve uma discussão com o preparador físico Robert Duverne que culminou no cancelamento do treino do time.
Revoltado com a situação, o chefe da delegação francesa, Jean-Louis Valentin, pediu demissão diante da imprensa e decidiu voltar a Paris.
“Os jogadores não querem treinar. É uma vergonha chegarmos a essa condição, estou enojado. Deixo as minhas funções”, declarou Valentin ao jornal “L'Equipe”.
Anelka foi expulso da seleção porque insultou o técnico Raymond Domenech no intervalo da partida contra o México, que terminou 2x0 para os mexicanos. Por conta das ofensas, o atacante foi substituído e não voltou para o segundo tempo. Ontem, foi excluído da equipe.
O presidente da FFF (Federação Francesa de Futebol), Jean-Pierre Escalattes, disse que a conduta de Anelka foi “intolerável”.
Por conta da expulsão de Anelka, os jogadores protestaram e se negaram a treinar, como gesto de solidariedade ao companheiro.
Na véspera, Evra já havia declarado existir “um traidor” dentro do elenco. O jornal “Libération” também publicou reportagem que afirma o ex-astro francês Zidane, campeão mundial em 1998 e vice em 2006, estimulou a revolta dos jogadores contra o treinador Domenech.