O excesso de faltas mal marcadas, a demora em reposições de bola e a complacência com a cera, está atrapalhando muito (Foto/Arquivo)
O Flamengo decidiu tornar pública sua insatisfação com a condução da arbitragem no Campeonato Brasileiro. Em comunicado oficial divulgado nas redes sociais, o clube acusou os juízes de interromper de forma exagerada o andamento dos jogos, o que estaria prejudicando a intensidade e a atratividade das partidas.
Segundo o Rubro-Negro, o excesso de faltas mal marcadas, a demora em reposições de bola e a complacência com a cera de adversários têm reduzido de maneira preocupante o tempo efetivo de bola rolando.
A crítica se apoia em números recentes. Nos últimos quatro compromissos da equipe, o tempo de jogo efetivo não passou de 55 minutos. O caso mais emblemático ocorreu no duelo contra o Juventude, quando a estatística caiu para menos de 50 minutos – recorde negativo da temporada.
Para o clube, essa prática compromete a qualidade do espetáculo e distancia o futebol brasileiro de padrões internacionais. A recomendação da FIFA é de que as partidas tenham pelo menos 60 minutos de bola em movimento.
O comunicado ainda lista exemplos de situações que teriam influenciado diretamente os jogos: cobranças de laterais excessivamente fiscalizadas, faltas inexistentes e paralisações demoradas para a retomada do jogo.
O Flamengo argumenta que tais fatores retiram a fluidez do jogo, afetam o rendimento técnico e prejudicam o torcedor que paga ingresso ou acompanha pela televisão.
“É urgente que o futebol nacional se alinhe às melhores práticas do mundo, assegurando partidas mais dinâmicas e respeitando quem acompanha dentro e fora do estádio”, afirmou a nota.
O clube finalizou reforçando que continuará cobrando medidas das entidades responsáveis para que o tempo de bola rolando se aproxime do ideal. Para os dirigentes, a mudança é fundamental para elevar o nível do Brasileirão e melhorar a experiência do torcedor.