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Independiente reage com fúria à Conmebol e pede retirada de sua história do museu

Publicado em 06/09/2025 às 08:29
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Clube argentino acusa decisão de política e ameaça romper com a história da entidade (Foto/Luciano Thieberger Jornal Olé)

Clube argentino acusa decisão de política e ameaça romper com a história da entidade (Foto/Luciano Thieberger Jornal Olé)

O Independiente vive dias de revolta após ser excluído da Copa Sul-Americana em decisão da Conmebol. O clube argentino, punido depois da confusão generalizada nas arquibancadas de Avellaneda durante o confronto contra a Universidad de Chile, publicou uma carta dura contra o presidente da entidade, Alejandro Domínguez, classificando a medida como “política e injusta”.

Na nota, a diretoria do time de Avellaneda destacou seus 120 anos de história e mais de 170 mil associados, acusando a Conmebol de desrespeitar as próprias normas ao aplicar uma punição desproporcional. O documento ressalta que o clube foi condenado sem que houvesse equilíbrio no tratamento dado às duas equipes envolvidas no episódio de violência.

Para os argentinos, a Universidade de Chile foi favorecida por ser uma sociedade anônima, modelo que, segundo eles, privilegia acordos e interesses econômicos em detrimento da tradição esportiva. A mensagem oficial também acusou a entidade de priorizar negócios e rentabilidade, deixando em segundo plano a verdade dentro de campo.

A Conmebol determinou a exclusão imediata do Independiente do torneio continental, aplicou multa de 150 mil dólares (cerca de R$ 815 mil) e impôs 14 partidas sem torcida — metade em casa, metade como visitante. O time chileno, por sua vez, foi mantido na competição e avançou para as quartas de final, mesmo envolvido nos incidentes.

Indignado, o clube argentino afirmou que a decisão abre um precedente perigoso, já que a violência teria se transformado em “atalho” para obter classificação. Na visão do Independiente, a mensagem transmitida ao continente é de que atos bárbaros podem ser recompensados fora das quatro linhas.

A diretoria ainda responsabilizou torcedores chilenos pelo início da confusão, acusando-os de lançar pedras após o intervalo. O resultado foi um saldo de 195 feridos, dez deles em estado grave, quando a torcida local conseguiu invadir o setor visitante.

O tom do protesto também foi de confronto direto com a própria história da Conmebol. Os dirigentes lembraram que a entidade, em outras ocasiões, pregou que “o futebol não se ganha com pedras, mas no campo”. Para os argentinos, a decisão atual contradiz esse discurso e mina os valores que deveriam sustentar as competições sul-americanas.

Num gesto simbólico, o Independiente exigiu que todos os troféus, camisas e materiais do clube expostos no museu da Conmebol sejam retirados enquanto Domínguez permanecer no comando. A direção considera inaceitável que a entidade use sua trajetória e conquistas para legitimar um modelo de gestão que, em sua visão, desrespeita a essência do futebol.

Embora a punição já esteja em vigor e dificilmente seja revertida, a carta aberta marca uma ruptura pública entre uma das instituições mais tradicionais da América do Sul e a cúpula que comanda o futebol continental.

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