
Depois de 125 anos de história, a Ponte Preta finalmente levanta um troféu nacional e faz Campinas vibrar
A espera acabou. Fundada em 1900 e dona de uma das histórias mais tradicionais do futebol brasileiro, a Ponte Preta finalmente conquistou o seu primeiro título nacional. O feito veio na noite deste sábado (25), diante de um Moisés Lucarelli lotado, com mais de 14 mil torcedores empurrando o time na vitória por 2 a 0 sobre o Londrina, pela decisão da Série C do Campeonato Brasileiro de 2025.
O clima era de final de Copa. Das arquibancadas às ruas de Campinas, a cidade parou para ver a Macaca levantar uma taça inédita — algo que nem gerações inteiras de pontepretanos haviam presenciado. Após o apito final, o gramado foi tomado por uma invasão festiva e emocionada.
No jogo de ida, no Paraná, o empate sem gols havia deixado tudo em aberto. Mas em casa, a Ponte não vacilou. Aos três minutos do segundo tempo, Jonas Toró abriu o placar em um lance de insistência. O chute, desviado na zaga, escapou das mãos do goleiro Luiz Daniel e fez o estádio explodir. O atacante terminou como artilheiro da competição, com oito gols, ao lado de Iago Teles, do Londrina.
A vantagem deu confiança à equipe de Bruno Pivetti, que manteve o domínio do jogo. E aos 27 minutos, Toró sofreu pênalti, convertido com categoria por Élvis, ampliando para 2 a 0 e sacramentando a conquista. A emoção tomou conta do banco e até gerou confusão entre os reservas, com o técnico londrinense Roger Silva expulso após discutir com a arbitragem.
Quando o árbitro apitou o fim, o Lucarelli virou um mar alvinegro. O presidente da CBF, Samir Xaud, conduziu a cerimônia de entrega da taça, que coroou também a melhor campanha da Série C. A Ponte já havia garantido o acesso à Série B de 2026, ao lado de Londrina, Náutico e São Bernardo — mas o título deu um sabor de redenção e justiça à temporada.
Do lado de fora, o clima era de carnaval. Torcedores tomaram as ruas próximas ao estádio com bandeiras, buzinas e lágrimas nos olhos. Uma festa que simbolizou o fim de um jejum de 125 anos e a confirmação de que o amor pela Macaca é eterno — agora, enfim, com uma taça nacional para chamar de sua.