Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) divulgou ontem que Minas Gerais acaba de atingir a marca histórica de 10 mil presos trabalhando enquanto cumprem pena
Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) divulgou ontem que Minas Gerais acaba de atingir a marca histórica de 10 mil presos trabalhando enquanto cumprem pena. Com o recorde, o Estado reforça o primeiro lugar do país em número de detentos trabalhando nas unidades prisionais. Segundo dados do diretor da Penitenciária de Uberaba, a população carcerária da cidade é de 974 detentos. Deste total, 200 trabalham enquanto cumprem a condenação.
Deste número, 90 presidiários trabalham externamente em empresas e instituições públicas parceiras da Seds. Já os 110 restantes trabalham internamente, sem deixar o presídio. As ocupações variam desde a construção civil e a limpeza urbana até fabricação de circuitos elétricos, passando por artesanato, padaria, frigorífico, produção de roupas e sacolas.
O programa Trabalhando a Cidadania possui cerca de 300 parceiros, entre empresas privadas, organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, fundações, autarquias e mais de 30 prefeituras municipais. Para trabalhar nas unidades prisionais os detentos precisam passar pela triagem de advogados, médicos, psicólogos, assistentes sociais e agentes penitenciários que avaliam a situação de cada preso.
Pelo trabalho, os detentos recebem diminuição de pena, ou seja, a cada três dias de trabalho têm menos um na sentença. Além disso, muitos são remunerados diretamente, recebendo, na maior parte das vezes, três quartos do salário mínimo, conforme determina a legislação, ou pela venda daquilo que produzem, como é o caso dos que fazem artesanato.