Um ano após os atos de vandalismo e depredações, os Três Poderes ainda contabilizam prejuízos. Centenas de peças, obras e objetos destruídos ainda passam por recuperação e restauração, além do que foi levado pelos extremistas. O prejuízo é avaliado em R$ 24 milhões, atualmente.
O prédio cuja destruição deixou maior custo é o do Supremo Tribunal Federal (STF), com cerca de RS$ 12 milhões. Desse total, R$ 8,6 milhões são danos com 951 itens que foram furtados, quebrados ou completamente destruídos. Os outros R$ 3,4 milhões foram despesas com reconstrução do plenário, troca de carpetes, vidros da fachada e outros itens.
De acordo com informações do Supremo, 106 itens históricos de valor imensurável foram perdidos. É o caso de esculturas e móveis que não puderam ser recuperados. Ao todo, já foram restaurados 116 itens, inclusive a estátua A Justiça, localizada à frente da sede do STF.
O Palácio do Planalto tem a segunda conta mais alta após os atos do dia 8 de janeiro. A estimativa é que o prejuízo totalize próximo a R$ 8 milhões. O número ainda não está fechado até mesmo pela dificuldade em se calculá-lo. Dos itens histórico-artísticos avariados, os mobiliários danificados tiveram o serviço de restauro solicitado para empresas de marcenaria, vidraçaria, serralheria e tapeçaria.
No Senado Federal, o prejuízo é de pelo menos R$ 1,4 milhão. Bens expostos no museu local recuperados totalizam R$ 483 mil, incluindo a tapeçaria de Burle Marx. Obras e serviços necessários para recuperação do edifício totalizaram cerca de R$ 900 mil.
O da Câmara dos Deputados é, até o momento, R$ 2,7 milhões, sendo quase a metade desse montante destinada à reparação e restauro de 68 bens do acervo cultural, como pinturas, esculturas, painéis e presentes protocolares dados a presidentes da Casa. Outro prejuízo de monta — de R$ 1,2 milhão — foi com recuperação de persianas, carpetes, reparos elétricos e hidráulicos, vidros e sistema de detecção de incêndio.
*Com informações do Correio Braziliense