Acusação de tortura continua rendendo dor de cabeça para policiais civis. Mais uma audiência foi realizada na 3ª Vara Criminal, pelo juiz Daniel Botto Collaço.
Há mais de cinco anos, Wellington Alves da Silva, hoje com 29 anos, acusou vários agentes de o terem agredido fisicamente. O fato teria acontecido depois de ele ter se envolvido em uma briga, resultante de furto de droga, na porta de um bar pertencente ao pai de uma policial civil.
Segundo o relato de Wellington, ele foi preso posteriormente, em casa, onde estiveram várias viaturas, que o levaram para a delegacia. No último depoimento, Wellington dirigiu suas acusações apenas para dois policiais, alegando que os mesmos o agrediram com chutes e com uma arma (na cabeça).
A testemunha alegou, ainda, que não teria sido examinada pelo médico legista durante o exame de corpo de delito e que, ao ser encaminhado ao Hospital Escola, foram constatados apenas alguns “hematominhas”, segundo ele, devido à demora em fazer o exame.
Wellington também admitiu que, na época, era procurado pela polícia, pois estava com a prisão decretada pela Justiça. Disse, ainda, que era usuário de drogas e constantemente acabava preso, inclusive por andar armado.
Dos 16 réus (policiais), intimados pela Justiça, três não compareceram à audiência realizada no Fórum Melo Viana, inclusive a ex-delegada regional da Polícia Civil, Sandra Wazir.
Os outros 13 policiais se reservaram no direito de permanecer em silêncio.