Novela envolvendo funcionários da empresa Adserv, antiga prestadora dos serviços de limpeza do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, pode chegar ao fim nos próximos dias.
Em nota oficial encaminhada à redação do Jornal da Manhã pela Associação de Magistrados da Justiça do Trabalho de Minas Gerais (Amatra), a informação é que a juíza da 1ª Vara do Trabalho, Anna Carolina Marques Gontijo, deve retornar de férias já na próxima sexta-feira (25). A expectativa é a de que seja proferida sentença favorável aos 156 ex-funcionários da empresa.
A ação judicial que permitiu o repasse da quantia correspondente à dívida da empresa foi ajuizada pelo Sindicato dos Empregados do Comércio Hoteleiro e Similares em 15 de março desse ano e, a partir daí, começou a transcorrer o processo, que se estende até hoje. No dia 8 de abril, menos de um mês após o ajuizamento, foi realizada a audiência inicial no processo. Na ocasião, houve a apresentação de defesas e foi dado ao sindicato o prazo de dez dias para manifestação.
Ainda naquela oportunidade foi determinado que, no prazo de cinco dias, fosse realizado o depósito de uma importância em dinheiro suficiente para garantir os créditos pleiteados no processo. Ficou designada audiência de encerramento da instrução para o dia 5 de maio, no entanto, posteriormente, foi necessário remarcar a audiência porque se constatou a necessidade de reunir o processo a uma ação cautelar que já estava em andamento na mesma Vara do Trabalho, já que, segundo a lei, as duas ações devem ser julgadas conjuntamente. Mesmo com a designação do encerramento para o dia 1º de julho, a juíza do caso decidiu antecipar a audiência em mais de um mês e concluiu a instrução do processo no dia 21 de maio.
Em trecho da nota, a Amatra esclarece que “o protesto dos trabalhadores parece ter sido motivado pela circunstância de a juíza ter designado a publicação da sentença para uma data posterior às suas férias, mas isto, com todo o respeito à delicada situação de cada um dos envolvidos no processo, não constituiu nenhuma irregularidade por parte da magistrada”.
Para o presidente do sindicato, Milton Ferreira do Amaral, os atritos (ainda que verbais) registrados entre trabalhadores, representação sindical e Poder Judiciário são resultantes do estado emocional dos ex-funcionários que, juntos, têm cerca de R$ 150 mil para receber. “Eles xingam o sindicato, pressionam a Justiça, mas o fato é que o processo está chegando ao fim e o dinheiro será liberado”, conclui.