Região do Triângulo Mineiro agronegócio também recebe o impulso das indústrias do setor sucroalcooleiro (Foto: Reprodução)
O agronegócio brasileiro continua crescendo, impulsionando a economia do país, e teve um saldo positivo de 33.978 postos de trabalho em nível nacional no mês de setembro. Foram criados 234.745 empregos com registro formal e 200.767 desligamentos. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Conforme um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), desde o início do ano, o agronegócio projetava um cenário otimista, mesmo diante das crises enfrentadas nos últimos anos. Entre 2019 e 2022, período que engloba a pandemia de Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia, o agronegócio teve um crescimento de 2,5% no número de postos de trabalho formais. Passou de 13,62 milhões para 13,96 milhões de pessoas empregadas, resultando na criação de 344.150 novas ocupações.
O número acompanha o aumento da produção brasileira de grãos, e o cenário é visto com otimismo por especialistas. Espera-se que o setor continue a impulsionar empregos no país.
“É importante mencionar que a produção brasileira de grãos 2022/2023 deve bater novos recordes com a produção de mais de 320 milhões de toneladas de grãos. O que, inevitavelmente, gera um efeito cascata na movimentação da economia e consequentemente na geração de empregos, possuindo o impacto direto nos pequenos municípios”, afirma Karina Tiezzi, coordenadora da Agronegócio da BMJ Consultores Associados.
A projeção elaborada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostra que a produção de grãos brasileira deve registrar um aumento de 24,1% nos próximos dez anos, aproximando-se de 390 milhões de toneladas na safra 2032/2033 — o que representa um acréscimo de 75,5 milhões de toneladas.
“Os dados divulgados agora no informativo da Confederação Nacional de Municípios corroboram essa vertente de crescimento de um setor que movimenta cerca ¼ do PIB brasileiro. O grande desafio, que é enfrentado não só no agro, mas em vários setores da economia, é mensurar com exatidão a quantidade de empregos gerados. Isso se dá em virtude dos trabalhadores classificados como informais”, diz Tiezzi.
*Com informações do Brasil61