O ministério afirmou que será editada uma MP para obrigar empresas a preencher declaração com dados de quem vende e quem compra
Na imagem, uma pessoa mexendo no aplicativo da Shein (Foto/Renato Alves/O TEMPO Brasília)
O ministério da Fazenda divulgou uma nota nesta quarta-feira (12) em que nega a criação de uma taxa para compras online. O esclarecimento da pasta ocorre após repercussões negativas a declaração da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, que sinalizou que haveria a intenção de mudar as regras do comércio virtual, acabando com a isenção de imposto nos produtos de até US$ 50.
Considerado uma espécie de "contrabando digital", o método usado por varejistas chinesas está na mira do governo. Grupos como AliExpress, Shein e Shopee, inclusive, são acusados de concorrência desleal por empresas brasileiras.
Conforme esclarece a pasta, "nunca existiu isenção de US$ 50 para compras online do exterior. Portanto, não faz sentido afirmar que se pretende acabar com o que não existe. Nada muda para o comprador e para o vendedor online que atua na legalidade".
No entanto, o ministério afirmou que será editada uma medida provisória (MP) para obrigar empresas a preencher declaração com dados de quem vende e quem compra, colaborando para o reforço da fiscalização.
"Esse benefício [isenção] se aplica somente para envio de pessoa física para pessoa física. Se, com base nele, empresas estiverem fracionando as compras, e se fazendo passar por pessoas físicas, estão agindo ilegalmente".
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Fonte: O Tempo