Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negaram o habeas corpus, impetrado por César Marques Gregório, a fim de responder em liberdade pelo crime que chocou a cidade no fim do ano passado, onde cinco pessoas foram presas suspeitas de ter roubado e matado a deficiente mental Maria de Fátima dos Santos, 49 anos, morta no dia 5 de novembro em sua residência, no bairro São Benedito.
São acusados de envolvimento no crime Patrícia Soares de Oliveira, 33 anos; Clanderson da Silva Moura, que completou 18 anos oito dias após o assassinato, e César Marques Gregório, 20. Dois menores, de 13 e 14 anos, também são suspeitos do crime.
As investigações da Delegacia de Homicídios levantaram informações de que Patrícia teria ficado sabendo do interesse do pai da vítima Maria de Fátima por comprar um imóvel situado ao lado de sua residência, na rua Guarajás, bairro Abadia, que custaria R$40 mil. E, na tentativa de pegar esse dinheiro, teria planejado o crime. No entanto, em depoimento, ela nega ter arquitetado o delito. Todos os envolvidos respondem o processo detidos na penitenciaria.
O crime. Na madrugada do dia 5 de novembro, a Polícia Militar recebeu denúncia de que no endereço havia uma mulher gritando por socorro. Quando a viatura chegou, encontrou o portão da casa destrancado e a porta da sala aberta. Eles chamaram várias vezes e, como ninguém atendeu, decidiram entrar na casa.
A sala estava toda revirada, assim como um dos quartos, onde se encontrava o corpo da vítima, Maria de Fátima, com os braços e pernas amarrados, além de uma toalha de rosto na boca da mulher e um pano sobre o nariz e a boca. Os suspeitos roubaram apenas documentos, cartão bancário, uma pequena quantidade de dinheiro, além de dois revólveres antigos. (AM)