O aumento no número de pessoas do Bolsa Família, e não o reajuste dos benefícios, poderá causar impacto no Orçamento da União. É o que afirma
O aumento no número de pessoas do Bolsa Família, e não o reajuste dos benefícios, poderá causar impacto no Orçamento da União. É o que afirma o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “Estamos fazendo revisão de todas as contas. É possível que seja preciso colocar mais dinheiro no orçamento por conta disso”, disse o ministro do Planejamento, ao falar sobre o aumento no número de beneficiários do Bolsa Família.
Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá anunciar um reajuste no valor do benefício concedido pelo programa. A alteração no orçamento, segundo Bernardo, não será causada pelo aumento no benefício. “Esse assunto já está praticamente decidido. O aumento do Bolsa Família cabe no orçamento”, disse. “Se você contar o tamanho das contas federais, o Bolsa Família tem um valor até relativamente pequeno no Orçamento”, completou. O novo reajuste começará a ser pago em setembro.
Bernardo disse ainda que tramita na Reforma Tributária uma proposta de desoneração dos alimentos que compõem a cesta básica. Se for aprovada, começará a valer já no próximo ano. “Evidente que isso esbarra em algumas resistências. Os Estados têm medo de perder receita. Mas poderíamos achar uma forma de fazer isso porque, além de beneficiar quem gasta mais com alimento, que são os mais pobres, esta medida daria um estímulo enorme na produção de alimentos”, comentou.