Eduardo Bolsonaro está entre os denunciados pelo Banco do Brasil por desinformação contra a instituição (Foto/Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
BRASÍLIA - O Banco do Brasil denunciou à Advocacia-Geral da União (AGU) uma série de publicações nas redes sociais que estariam propagando desinformação sobre a instituição e incitando pessoas a retirarem o dinheiro que possuem no banco.
Uma delas é um vídeo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos. Na peça, publicada na última quarta-feira (20), o parlamentar diz que o Banco do Brasil será “cortado das relações internacionais” e irá à falência devido a um não-cumprimento da Lei Magnitsky, imposta pelo governo americano. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) também é denunciado.
No pedido enviado à AGU, o BB afirma que ao disseminar informações falsas, os denunciados estariam cometendo crimes contra o Estado Democrático de Direito, a soberania nacional e o Sistema Financeiro Nacional, além de violação de sigilo bancário e difamação. Caso a AGU aceite os argumentos do BB, deve ser enviada uma ação à Justiça.
Haddad fala em ataque orquestrado
Em entrevista ao Jornal GGN, no último sábado (23/8), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que tem acontecido um “ataque” de forma organizado por parte do bolsonarismo ao Banco do Brasil nas redes sociais, com pessoas defendendo o saque de valores.
Segundo ele, os ataques à instituição também acontecem na forma de projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional e que o objetivo dessas propostas seria piorar a situação do banco.
"Há projetos de lei no Congresso para perdoar dívidas do agronegócio, que não está com problemas, no Banco do Brasil. Está aumentando a inadimplência no Banco do Brasil por uma ação concertada, deliberada, de bolsonaristas que estão tentando minar as instituições públicas", acusou.
Fonte/O Tempo