EX-PRESIDENTE

Bolsonaro passa por cirurgia neste dia de Natal; procedimento deve durar cerca de quatro horas

Ex-presidente está no hospital DF Star, perto da unidade da PF para onde foi enviado há 33 dias, após ser preso por tentar violar a tornozeleira eletrônica

Renato Alves/O Tempo
Publicado em 25/12/2025 às 08:40
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve passar por sua oitava cirurgia nesta quinta-feira (25/12) desde a facada tomada durante a campanha eleitoral de 2018. O procedimento, que ocorrerá em um hospital particular, visa retirar hérnia na virilha do ex-presidente, que está com 70 anos. 

A previsão é que a cirurgia comece por volta das 9h, com quatro horas de duração. A expectativa é que o ex-presidente fica até sete dias internado se recuperando do procedimento, que exigirá a aplicação de anestesia geral.

Na quarta-feira (24/12), dia da internação, médicos que farão a cirurgia em Bolsonaro disseram que exames apontaram pequenas alterações, que não comprometem o procedimento. Também informaram que a cirurgia não está relacionada aos soluços do ex-presidente, cada vez mais frequentes.

Bolsonaro está no hospital DF Star, na Asa Sul, em Brasília, desde a manhã de quarta-feira (24/12). Foi a primeira vez que deixou a Superintendência da Polícia Federal (PF), quando foi preso preventivamente, há 33 dias, após tentar romper a tornozeleira eletrônica.

Preso preventivamente por risco de fuga, ele foi mantido na instalação da PF para começar a cumprir a pena de 27 anos e três meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado, depois de esgotados os recursos.

Relator das ações que envolvem a trama golpista, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou Bolsonaro a passar por cirurgia após peritos criminais atestarem a necessidade da intervenção. 

A data foi sugerida pela defesa do ex-presidente ao ministro na terça-feira (23/12), depois do aval ao procedimento. O DF Star fica a 2,5 quilômetros da superintendência da PF. Coube à corporação levá-lo e escoltá-lo até o hospital e desembarcá-lo em uma garagem. 

No hospital, Bolsonaro terá escolta permanente, com limitações de visitas e proibição de acesso a computador, celular e qualquer dispositivo eletrônico. Moraes atendeu à defesa e autorizou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) a acompanhar o marido.

O ministro também permitiu a visita dos filhos do ex-presidente: o ex-vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC) e Laura Firmo Bolsonaro. Eles terão que seguir as regras do hospital para todos os pacientes.

Médico diz que internação deve durar até sete dias

Em um laudo apresentado no último dia 15, o médico particular de Bolsonaro, o cirurgião-geral Cláudio Birolini, indicou que a cirurgia levaria o ex-presidente a permanecer de cinco a sete dias no DF Star, “a fim de contemplar o período necessário para avaliação pré-operatório, procedimentos cirúrgico e anestésico, analgesia pós-operatória, profilaxia de eventos trombóticos e fisioterapia motora”. A previsão foi confirmada na véspera da operação.

Moraes autorizou o ex-presidente a se submeter à cirurgia para retirar as hérnias na virilha após uma perícia médica da PF atestar a necessidade de um procedimento para corrigi-las. Ao contrário do alegado pela defesa, a intervenção não é urgente. “O periciado Jair Messias Bolsonaro é portador de hérnia inguinal bilateral que necessita reparo cirúrgico em caráter eletivo”, observaram os peritos.

Apesar de a defesa citar a hipótese de um eventual risco de encarceramento ou estrangulamento intestinal, a PF destacou que “não há descrição de encarceramento ou estrangulamento da(s) hérnia(s) em nenhum momento, inclusive até a realização da presente perícia”. O procedimento foi realizado em 17 de dezembro.

Em um laudo de dez páginas, a perícia avaliou como urgente apenas o bloqueio do nervo frênico guiado por ultrassom, alternativa para conter as crises de soluços. A persistência dos soluços, alegaram os peritos, poderia “acelerar o risco das complicações do quadro herniário em decorrência do aumento da pressão intra-abdominal”.

Em relato aos peritos, Bolsonaro disse que os soluços são frequentes há oito meses, desde a última cirurgia realizada para desobstruir seu intestino, em abril de 2025. “Nos últimos sete meses, o periciado afirma que chegou a ficar de um a dois dias sem soluçar, mas que o quadro retorna e perdura por dias, trazendo prejuízo na alimentação e no sono”, descreveram. 

O ministro encarregou a PF de realizar uma perícia médica depois de pôr em xeque os exames médicos apresentados pela defesa para sustentar a urgência da cirurgia. Porém, Moraes apontou que os documentos da defesa “não são atuais, sendo que o mais recente foi realizado há três meses” e que o exame médico-legal do ex-presidente não indicava qualquer emergência.

Fonte: O Tempo.

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