Chuva de granizo eleva preço de folhosas

Impacto da chuva sobre a região ainda reflete em alguns produtos, que mantêm alta nos custos. As folhosas são exemplo de item com preço salgado para o consumidor. De acordo com o feirante Marcos Júnior, alguns vendedores estão segurando o reajuste para que o cliente não sinta o peso do repasse no orçamento. “Se o tempo estabilizar, é possível que no mês que vem às coisas voltem ao normal, mas, por enquanto, o almeirão, a chicória, a couve, a cebolinha, todos estão mais caros”, pontuou.

A dona-de-casa Gleide Fogo tem o hábito de pesquisar os valores da lista de compras e comentou que a alface, sempre presente em sua mesa, já está com preço mais alto. “A gente compra menos, mas acaba levando. A dona-de-casa tem que ser criativa e improvisar”, brincou, mostrando que pagou o equivalente a R$ 1,50 por menor quantidade de folhas.

O diretor do Departamento de Gestão do Agronegócio da Secretaria Municipal de Agronegócio, Luís Fernando Macedo de Santana, explicou que o período de chuvas traz alguns benefícios para as hortaliças, mas dilúvios, como o que ocorreu na sexta-feira, 12, são extremamente prejudiciais a elas. “Em especial às folhas, por elas serem mais sensíveis, contribuindo para a elevação momentânea de preço”,

destacou. Ressalta que, na última comercialização na Ceasa de Uberaba, o preço da dúzia de alface saltou de R$ 10,00 para R$ 12,00.

Segundo Luís Fernando, em relação ao ano de 2009, considerando o mês de novembro, alguns produtos, como abacaxi e quiabo, também sofreram altas de 28% e 99,44%, respectivamente. Para o diretor, a mudança ocorreu em virtude da última seca, que prejudicou bastante essas lavouras. Já a cebola, cenoura, batata e jiló tiveram queda de preço de 78%, 20%, 37% e 60%, respectivamente, considerando a boa safra. Frutas como melancia, coco-verde e uvas ainda se mantêm estáveis, podendo haver alterações a partir de meados de dezembro de 2010.