Um ciclone extratropical em formação entre o sul do Paraguai, o norte da Argentina e o Rio Grande do Sul vai provocar uma mudança brusca no tempo em parte do Brasil entre esta segunda-feira (8) e a quinta-feira (11). O sistema, associado a uma frente fria, deve espalhar temporais, raios e rajadas de vento que podem chegar a 120 km/h, além de mar muito agitado em áreas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Segundo previsão da Climatempo, o ciclone será de forte intensidade, com queda acentuada da pressão atmosférica no centro do sistema – cenário que potencializa ventos mais violentos e nuvens muito carregadas, com chuva volumosa e risco de granizo.
Onde o ciclone extratropical se forma e como se desloca
O ciclone e a frente fria se organizam a partir de uma área de baixa pressão atmosférica entre o sul do Paraguai, o nordeste da Argentina e o território gaúcho. À medida que a pressão cai para valores próximos ou abaixo de 1000 hPa, os ventos se intensificam e o ar quente e úmido é forçado a subir, favorecendo a formação de grandes áreas de instabilidade.
Com o sistema totalmente estruturado, o centro do ciclone se desloca primeiro sobre o oeste e o centro do Rio Grande do Sul, alcançando a região da Grande Porto Alegre. Entre a madrugada e a manhã de quarta-feira (10), o núcleo migra para o litoral gaúcho e, na quinta (11), começa a se afastar em direção ao alto-mar, mantendo, porém, reflexos no mar e na faixa litorânea.
Estados e regiões mais atingidos
O impacto do ciclone será sentido em diferentes momentos e intensidades nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Entre as áreas com maior risco, estão:
Riscos: ventos de 90 a 120 km/h, granizo e mar agitado
Com a organização completa do sistema, as áreas de litoral e de serra ficam mais suscetíveis às rajadas mais intensas, que podem variar entre 90 km/h e 120 km/h. Esses ventos têm potencial para provocar queda de árvores, destelhamentos, danos em estruturas frágeis e interrupções no fornecimento de energia elétrica.
Além do vento, a previsão indica chuva forte em curtos períodos, com possibilidade de alagamentos, enxurradas, transbordamento de córregos e formação de granizo, especialmente nas áreas mais próximas ao centro do ciclone e à frente fria. No mar, a tendência é de ondas altas e ressaca em trechos da costa do Sul e do Sudeste.
Até quando o ciclone deve atuar
Os primeiros efeitos do sistema já podem ser sentidos a partir desta segunda-feira (8), com aumento da nebulosidade e da instabilidade em parte do Sul e do Centro-Oeste. Entre a terça (9) e a quarta-feira (10), o ciclone atinge o auge de organização, quando são esperados os episódios mais severos de vento e chuva.
A partir de quinta-feira (11), o centro do sistema se afasta gradualmente para alto-mar, reduzindo a intensidade dos fenômenos, mas ainda mantendo o mar agitado e alguma instabilidade em áreas costeiras.
Cuidados recomendados pela Defesa Civil
Diante do potencial destrutivo das rajadas de vento e das tempestades, órgãos de Defesa Civil reforçam a importância de acompanhar os avisos oficiais e reduzir a exposição a áreas de risco. Entre as recomendações gerais estão:
Fonte: O Tempo.