Brasil está entre os países mais violentos do mundo em 2025, aponta índice global

O Brasil aparece entre os países com maior nível de violência do planeta em 2025, segundo o Índice de Conflitos da organização Acled (Armed Conflict Location & Event Data Project). O país ocupa a 7ª posição no ranking, que avalia 50 dos cenários mais graves do mundo com base em letalidade, risco para civis, alcance territorial da violência e fragmentação de grupos armados.

De acordo com a Acled, o Brasil integra o grupo de conflitos classificados como “extremos”, ao lado de nações marcadas por guerras civis e insurgências. O país se destaca negativamente pelo alto grau de ameaça a civis e pela forte atuação de facções criminosas. “Mianmar, México, Brasil e Nigéria permaneceram consistentemente altos nos quatro indicadores”, afirma a entidade.

A Palestina lidera o ranking como o local mais perigoso do mundo, seguida por Mianmar e Síria, ambos também classificados com nível extremo de conflito. O México surge em 4º lugar, impulsionado por cartéis e confrontos com forças de segurança. Nigéria e Equador aparecem na sequência. Depois do Brasil, vêm Haiti, Sudão e Paquistão.

Entre dezembro de 2024 e novembro de 2025, a Acled registrou 204.605 eventos de conflito, resultando em mais de 240 mil mortes.

Ranking dos Países Mais Violentos em 2025:

A violência impulsionada por gangues deteriorou ainda mais o cenário na América Latina e no Caribe. México, Equador, Brasil e Haiti figuram entre os dez países mais violentos.

No Brasil, uma megaoperação policial no Rio de Janeiro em outubro deixou ao menos 122 mortos e contribuiu para um aumento de 12% nas mortes em confrontos com forças de segurança.

No Equador, um massacre em uma prisão de Machala deixou 32 mortos, tornando-se o episódio mais letal de violência carcerária no país.

O Haiti registrou crescimento de 80% nos confrontos armados, com expansão dos ataques contra civis.

No México, o assassinato do prefeito de Uruapan, em Michoacán, desencadeou protestos nacionais e intensificou os confrontos entre autoridades e grupos criminosos.