Conforme executivo municipal, a determinação tem como objetivo a necessidade de garantir a segurança da população
O uso de máscaras voltou a ser obrigatório em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, após os casos de Covid-19 dispararem no município. Conforme a prefeitura, devem utilizar o equipamento de proteção funcionários e pacientes de unidades de saúde públicas e privadas, pessoas sintomáticas ou potencialmente em contato com transmissores, pessoas com resfriado e gripe, pessoas não vacinadas ou com esquema vacinal incompleto e imunossuprimidos. Ainda é recomendado o uso para pessoas com comorbidades e residentes em instituições de longa permanência para idosos.
Conforme o Executivo municipal, a determinação tem como objetivo a necessidade de garantir a segurança da população em condições com maior potencial de contaminação da Covid-19, e a implementação é imediata. Conforme os dados do município, os casos confirmados da enfermidade tiveram um aumento de 306,6%, passando de 30 entre os dias 1 a 15 de outubro para 122 de 16 a 27 de outubro.
A prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, ressaltou que a Covid-19 pode ser prevenida com a vacinação e informou que está atenta aos casos da enfermidade, mantendo a situação sob controle.
“A pasta reforça a importância da vacinação e informa para a população que o imunizante está disponível em todas as unidades básicas de saúde do município de segunda a sexta e, todos os sábados, das 8h às 12h, nos postos de saúde Caribé e São Geraldo”, ressaltou.
Especialistas concordam com a decisão
O infectologista Leandro Curi vê como assertiva a decisão da Prefeitura de Santa Luzia sobre o uso de máscara. “Temos que lembrar que as vacinas protegem contra o agravamento da doença, hospitalização e piora clínica. Quem protege das infecções são as máscaras. Elas protegem até os profissionais da saúde”, analisa.
O especialista, contudo, reforça que a decisão deve estar acompanhada de campanhas que reforcem a importância da vacinação com o imunizante bivalente, que oferece proteção contra as variantes. O cenário de cobertura abaixo do ideal é visto em toda Minas Gerais.
‘Etiqueta respiratória deveria ser bom senso’
As exigências de máscara na Prefeitura de Santa Luzia são válidas para pessoas sintomáticas ou que tiveram contato com pessoas com sintomas. O infectologista Leandro Curi acrescenta que a população não deveria depender de um posicionamento das autoridades para adotar etiquetas respiratórias.
“A etiqueta respiratória não deveria ser exigência, deveria ser bom senso da população, abraçando a proteção de vias aéreas ao ter um sintoma respiratório, seja Covid-19 ou resfriado. É o mínimo. São regras de convívio que a gente deveria ter aprendido com a influenza e com a Covid-19”, opinou.
Covid-19 longa preocupa
Os sintomas persistentes, mesmo após casos leves da Covid-19, são outro ponto de atenção citado pelo infectologista Estevão Urbano. O especialista explica que basta uma infecção para a pessoa manifestar sintomas característicos da doença, como falta de ar, palpitação e perda de olfato e paladar, por período indeterminado.
“Pessoas com quadros leves podem desenvolver síndromes descritas na literatura, que são diversos sintomas que podem acompanhar os indivíduos por meses e anos. Isso tudo justifica em momentos de crise que em situações específicas voltem a usar máscaras por um período”, conclui o especialista.
Fonte: O Tempo