Codau anuncia investimentos de R$ 129 milhões no Dia da Água

A implantação de adutoras do rio Claro permitirá acréscimo da captação de 900 para 1.700 litros de água por segundo

No Dia Mundial da Água, presidente do Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba (Codau), José Luiz Alves, anuncia investimentos na ordem de R$ 129 milhões em abastecimento público. À frente da autarquia, ele ressalta que as tarifas recolhidas pelo Centro são aplicadas no município, uma vantagem diante de outras cidades que não contam com empresa própria para o fornecimento de água.

Para o presidente do Codau, a tarifa 35% inferior à cobrada pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) denota mais oportunidade para alargar a captação. Mesmo assim, Uberaba ainda está atrás de algumas localidades que apresentam custo menor com abastecimento. A exemplo de Uberlândia, que reúne características afinadas com a economia, pois, além de ser uma cidade mais jovem, possui sistema com menos necessidade de manutenção e poucos gastos com geração de energia. No entanto, levando em consideração peculiaridades na hora de calcular a composição de preços, José Luiz reforça que a análise geral aponta água extremamente barata para uberabenses.

Sob os olhares de órgãos fiscalizadores, como Vigilância de Saúde, o presidente do Codau faz questão de ostentar padrão de qualidade. Aquisições no controle de perdas, substituição de adutoras, troca de hidrômetros, ampliação das estações de tratamento de esgoto e construção de uma nova estação para tratamento de água empenham montante de R$ 60 milhões. Tudo assegurado pelo Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, conforme esclarece José Luiz.

Na 5ª semana comemorativa da água, Uberaba depende unicamente de um rio, mas o futuro aparece cada vez mais próximo na intenção da autarquia de abastecer uma cidade com até 540 mil habitantes. Alternativa possível, com auxílio do rio Grande, mas que por enquanto não passa de um ideia, já que a implantação de um projeto implicaria gastos significativos com tratamento de água, extensão de bombeamento e geração de energia.

Palpável, a implantação de adutoras do rio Claro permitirá acréscimo da captação de 900 para 1.700 litros de água por segundo. Despreocupado com as críticas do Água Viva, José Luiz conclui que água tem de ser tratada como um todo e, por conta disso, ele rebate as queixas afirmando que interceptores centrais na cidade vão proporcionar um salto de qualidade ambiental que se traduz em melhorias na saúde pública.