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Comandante da PM afirma que casos de roubos e assaltos estão em queda

Paulo Fernando Borges
paulofernando1981@gmail.com
Publicado em 17/07/2011 às 15:53Atualizado em 19/12/2022 às 23:19
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O comando da Polícia Militar de Uberaba optou por não divulgar os números relativos a registros de ocorrências de assalto, roubos e furtos. No entanto, ao Jornal da Manhã, o tenente-coronel Ney Sávio, comandante do 4º Batalhão, afirmou que, em relação ao mesmo período do ano passado, há uma queda de quase 50% desses delitos. Segundo ele, os números são altos, mas vêm caindo nos últimos anos.

De acordo com o comandante, a implantação da Rede de Vizinhos Protegidos, o mapeamento das quadrilhas e a captura de autores contumazes dos casos de roubos e assaltos são fatores que colaboram para a queda na incidência desse tipo de delito. “A rede tem funcionado bem. Tivemos períodos mais críticos e hoje os números estão em queda. Na Aisp 85, por exemplo, que abrange o bairro Jardim São Bento, são quase 700 residências cadastradas. Dessas, após a implantação do programa, apenas três foram alvo de furtos. O caso dessa semana [citado no inicio da página] foi o primeiro após mais de quatro meses sem assalto”, afirma o militar, reforçando que a organização da própria comunidade colabora para o combate desse tipo de crime.

Aliás, o comandante do 4º BPM é taxativo ao reforçar que a segurança pública é responsabilidade de todos, conforme afirma a Constituição. “Não acho justo quando se imputa as causas dos delitos à comunidade. Mas, cada um precisa fazer a sua parte”, ressalta.

Quando questionado sobre a chamada Lei da Fiança, o militar se diz frustrado pessoal e profissionalmente. Para ele, a lei, que beneficia o réu primário, traz um prejuízo muito grande para a comunidade. “Há casos de infratores com até 21 passagens que cometem delitos e são liberados por força de lei. O problema é que eles voltam a reincidir no crime. Se o sistema carcerário não corrige o infrator, falha maior é o surgimento dessa lei, que deixa de tirar de circulação esses infratores que estão perturbando a comunidade diariamente”, esclarece, dando como exemplo casos de pessoas presas até seis vezes em uma mesma semana pela Polícia Militar. “Noventa por cento das ocorrências registradas são de cidadãos reincidentes. Mas, como não foram condenados, ainda são considerados primários. Lugar de bandido é na cadeia. O bandido tem de ser tirado de circulação, já que solto ele progride dentro do crime, passando por furto, assalto, até chegar ao homicídio. Ajudaria muito se o infrator tivesse a certeza de que cometendo algum crime ele seria tirado de circulação e preso para pagar pena sobre o delito cometido. Enquanto estivermos fazendo retrabalho, teremos vítimas. Ainda assim, vamos continuar fazendo nosso trabalho, mesmo que seja exaustivo. A tropa tem sido instruída nesse sentido, nem que seja preciso prender a mesma pessoa dez vezes por dia”, completa.

Os questionamentos do comandante não são por acaso. Para se ter ideia da ineficiência e falha no Poder Judiciário, a PM efetuou, até a última semana, 5.387 prisões. A grande maioria dessas pessoas está em liberdade.

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