Dentro do item alimentação fora do domicílio, as refeições registraram alta acumulada em 12 meses de...
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a alimentação fora de casa ficou 10,33% mais cara nos últimos 12 meses, superando a alta dos preços dos alimentos e bebidas em geral, que foi de 6,82%, de acordo com os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Dentro do item alimentação fora do domicílio, as refeições registraram alta acumulada em 12 meses de 10,46%, mas essa não foi a maior elevação. A alta mais intensa foi da cerveja, de 11,35%, e a menos intensa, de 7,07%, foi verificada nos preços dos doces. Considerando apenas o mês de fevereiro, o consumidor que se alimenta fora de casa desembolsou 0,59% a mais. Neste caso, o destaque ficou com o cafezinho, que pesou 1,19% a mais no bolso.
De acordo com o economista Marco Antônio Nogueira, a alimentação fora de casa é um item que continuará subindo permanentemente, pois o empresário consegue repassar o aumento sem que o consumidor repare. “Quando a renda e o emprego crescem, nós, consumidores, não percebemos os pequenos aumentos na área de serviço, como alimentação, manicure, cabeleireiro.”
Além disso, os custos de matéria-prima e mão-de-obra fazem com que a alimentação fora de casa seja um item que vem subindo constantemente de preço, desde 2008. “O fato se deve ao novo padrão de consumo do brasileiro, que gosta e prefere almoçar fora”, ressalta Nogueira.
O economista ainda dá dicas do que o consumidor pode fazer para não sentir o impacto tão grande no bolso. Para Nogueira, a melhor maneira de economizar ainda é levar a marmita de casa. “Não precisa ser todos os dias, mas pelo menos três vezes por semana.”
“Por outro lado, se a pessoa costuma comer todos os dias no mesmo restaurante, pode tentar um preço diferenciado devido à fidelidade ao estabelecimento, ou, se for com mais pessoas, pode negociar um desconto”, orienta o economista.