De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, foram comercializados 3.515 milhões de veículos
A indústria automobilística brasileira fechou o ano de 2010 com resultado recorde de produção e vendas no país. De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, foram comercializados 3.515 milhões de veículos em 2010, 11,9% a mais do que em 2009. Apenas no mês de dezembro, houve aumento 30,21% perante o mês de novembro, sendo registrados 381.552 licenciamentos.
A Associação revelou ainda que, no ano passado, foram produzidos 3.638 milhões de automóveis, o que supera em 14,3% o resultado de 2009. Para Carlos Beirigo, gerente de vendas da Ubervel, os dados da Associação refletiram, e muito, em Uberaba. “Nunca se vendeu tanto carro na cidade como em dezembro”, garante.
Segundo Carlos, durante o mês de dezembro houve mais de 800 emplacamentos de veículos. “Foi um recorde histórico! O ano de 2009 foi bom e 2010, excelente”, comemora. O gerente diz ainda que a perspectiva para o segmento de novos é ainda melhor. “Esperamos um crescimento ainda maior nas vendas de carros zero-quilometro. Os números apontam para essa tendência”, diz.
Um dos fatores que contribuíram para esse crescimento nas vendas de veículos novos foi o aumento da renda do brasileiro. “A procura por carros intermediários, ou seja, com motorização maior e com alguns equipamentos, aumentou consideravelmente. As pessoas que antes procuravam carro básico ficaram mais exigentes. Querendo um pouco mais de conforto”, finaliza o gerente de vendas.
Já o segmento de veículos seminovos também é visto com bons olhos. “O ano de 2010 foi bom. E o mês de janeiro, embora seja um mês de pagamento de IPVA, muitas pessoas aproveitam esse período para efetuar a troca de seu usado por outro melhor”, explica o empresário Reginaldo Baleia.
Reginaldo diz ainda que o ano só não foi melhor devido às altas dos juros para financiamentos. “Antes, as pessoas financiavam um carro 100%. Hoje tornou-se inviável a taxa de juro para esse tipo de negociação. Isso, porém, não prejudica, porque o indivíduo tem sempre um carro de menor valor para pôr no negócio”, conclui.