GERAL

Crise não afeta produção de alimentos

As consequências devem ser evidenciadas nos próximos 45 dias, quando o mercado voltará a ter um norte e então se definirá que rumo seguir

Paulo Borges
Publicado em 11/08/2011 às 11:44Atualizado em 19/12/2022 às 22:53
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Para o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, as recentes quedas das bolsas de commodities registradas nos últimos dias, em consequência da crise internacional, não devem afetar os preços do mercado de alimentos. Rossi ressalta que o fato de as commodities estarem com preços elevados fez com que os produtores brasileiros sustentassem suas rendas e, além disso, aumentassem a área plantada, mesmo com a situação do câmbio não sendo a mais vantajosa para as exportações.

Atento, porém tranquilo, o presidente do Sindicato Rural de Uberaba (SRU), Rivaldo Machado Borges, acredita que a queda das commodities ainda não vai refletir de forma acentuada no Brasil e, principalmente, na região. Segundo ele, a demanda de alimentos na área agrícola e pecuária aumentou muito em função do crescimento da renda per capita das classes baixas. “Isso nos dá uma segurança maior. Ora, com o poder aquisitivo maior, o primeiro investimento do brasileiro é na alimentação. Assim, o mercado interno não deve sentir tanto o efeito dessas quedas nos preços das commodities”, diz.

O problema, no entanto, são as exportações. Na lista de clientes do Brasil estão países atolados na crise, o que preocupa Rivaldo e também os produtores da região de Uberaba. “Como esses países de Primeiro Mundo estão em turbulência, devemos ser atingidos, mas não em um nível que traga queda vertiginosa. Devemos ficar atentos ao mercado, que é globalizado, e esperar para pensar em novos investimentos”, ressalta, explicando o motivo que o faz acreditar que a crise não tende a ser tão forte no país. “Produzimos

150 milhões de toneladas de grãos. Os Estados Unidos, maior potência do mundo, produzem 500 milhões. Logicamente, o baque lá é maior”, aponta.

Rivaldo aproveitou para reforçar que os produtores de Uberaba estão preocupados, mas não desesperados com os efeitos da crise. Para ele, as consequências devem ser evidenciadas nos próximos 45 dias, quando o mercado voltará a ter um norte e então se definirá que rumo seguir. “Mesmo com toda essa crise, a expectativa é muito positiva para a produção de alimentos. Deixar de comer ninguém deixa. As pessoas reduzem outros itens antes de pensar em redução no quesito alimentação”, afirma.

 

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