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Dentistas negociam melhor remuneração por planos

Publicado em 31/10/2011 às 23:24Atualizado em 19/12/2022 às 21:36
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Assim como ocorreu com os médicos, que cruzaram os braços por três vezes este ano, que não atenderam pacientes ligados a planos de saúde e SUS, é a vez dos dentistas paralisarem o atendimentos a convênios em todo o país. Os profissionais protestaram contra a baixa remuneração na terça-feira (25), data em que se comemora o Dia do Dentista. Em Uberaba, a categoria decidiu não parar o atendimento, mas não está descartada a possibilidade de futura paralisação.

A principal reivindicação é a melhoria dos serviços e dos valores da tabela de preços repassados aos profissionais por cada procedimento odontológico. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Eduardo Ferro, a categoria em Uberaba está aguardando resposta do Conselho Regional de Odontologia (CRO-MG) e do Sindicato dos Odontologistas de Minas Gerais (Somge) que estão negociando com os planos de saúde. “A tabela paga por procedimento, que varia de plano para plano, mas para dar uma ideia o que se paga hoje por uma restauração dentária é R$ 18 ou R$ 19. O que varia é a qualidade do material com que o dentista irá trabalhar, desde o mais em conta, ao importado. Para se trabalhar com uma matéria intermediária de boa qualidade deveria ser pago pelo convênio, no mínimo, R$ 40, para uma tabela ainda abaixo do ideal”, destaca. Segundo entidades, a defasagem chega a 90% em relação ao valor de mercado.

Para o presidente da ABO, essa defasagem dificulta ao profissional trabalhar com materiais de melhor qualidade, com equipamentos e tecnologia de última geração ou em conformidade com as exigências da Vigilância Sanitária. Embora, a modalidade de convênio esteja em franco crescimento no país, Eduardo Ferro destaca que o reajuste dessa tabela está sendo discutido com cooperativas e operadoras de planos de saúde para que a população não saia perdendo, já que dentistas estão preferindo deixar o atendimento por convênio, para investir em consultórios particulares.

Protesto. Nacionalmente, 60% dos 236 mil dentistas atendem à saúde privada e a previsão é de que adesão tenha chegado a, aproximadamente,  70% dos profissionais, o suficiente para cancelar perto de 70 mil atendimentos no estado, e meio milhão no país. O atendimento de urgência não foi interrompido, mas segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) as operadoras são obrigadas a garantir ao usuário o acesso a procedimentos, também, no consultório.

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