Durante a semana, representantes da Polícia Militar, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), MP e Judiciário realizaram uma reunião para tratar da questão
Durante a semana, representantes da Polícia Militar, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ministério Público e Judiciário realizaram uma reunião para tratar da questão dos acampamentos nas fazendas Inhumas e Volta Grande. De acordo com a polícia, não existe a possibilidade de uma desapropriação ostensiva.
O comandante interino do 4º BPM, tenente-coronel Ney, afirmou que o principal motivo da reunião é verificar a situação atual das pessoas que estão nos acampamentos que ficam às margens da BR-050. “Além das instituições, foram convidados os advogados das duas ocupações para que seja explicado passo a passo como é o processo da reintegração”, explicou o comandante.
De acordo com um dos ocupantes que representa cerca de 120 famílias que estão no local, eles chegaram à fazenda Inhumas há quase três anos. De acordo com eles, no momento em que esperavam a confirmação do assentamento, chegou a liminar de reintegração de posse.
“A gente fica chocado, pois já temos nossas plantações, nossa produção. Estamos lutando para, pelo menos, esperar a plantão crescer para que a gente não perca o que produziu”, desabafou uma das integrantes do acampamento, afirmando que depois da reintegração dessa fazenda, eles resolveram fazer outra ação em uma fazenda vizinha.
O tenente-coronel Ney confirma que não terá nenhum tipo de confronto no momento da desapropriação. “O Ministério Público e Judiciário acompanham a operação e as pessoas que estão no acampamento estão instruídas pelos advogados, que têm uma responsabilidade muito grande sobre o que vai acontecer. Então acredito que a gente não vai utilizar de força”, finalizou o oficial.