Destroços de avião encontrados não encerram agonia de família

Embora a Polícia Civil tenha confirmado que os destroços encontrados no Mato Grosso sejam mesmo do avião ocupado pela uberabense desaparecida desde a manhã em que embarcou com o noivo, piloto da aeronave, ainda não foram localizados os restos mortais do casal Roberto Machado Bonilla e Júlia Kumori. A família de Júlia já não tinha mais esperança de encontrá-la com vida, mas surgiu a expectativa de localização da ossada da administradora, desaparecida desde o dia 11 de janeiro de 2002.

O casal estava a bordo do bimotor prefixo N90324 da empresa que Júlia gerenciava, a binacional Itagro/Edson Flying. Roberto e Júlia decolaram naquela manhã chuvosa, partindo do aeroporto de Santo Antônio de Leverger rumo a Goiânia, mas não chegaram ao destino.

Na época foram realizadas buscas durante várias semanas, bem como a família Kumori continuou o trabalho por mais um mês após a finalização das buscas pelos órgãos constituídos. Só na última semana um fazendeiro localizou os destroços da aeronave no distrito de Minoso, que fica no município onde o casal embarcou.

Conforme a Polícia Civil do Mato Grosso, havia indícios de incêndio no que restou, não se sabendo se o avião pegou fogo ao cair ou se queimadas na região atingiram os destroços.

Embora não tenham encontrado os restos mortais do piloto e sua noiva, o dono da fazenda declarou ao jornal Diário de Cuiabá que foram encontrados um par de óculos, moedas e um anel que seriam das vítimas. Ainda conforme o dono da fazenda, Júlio Reiners, os pedaços da aeronave estão espalhados numa área com raio superior a um quilômetro, o que dificulta a procura.

Quanto à administradora Júlia Kumori, que tinha 28 anos, ela nasceu no interior de São Paulo, mas aos oito anos mudou-se com a família para Uberaba, aqui residindo até o dia dos fatos. Ela é filha de Atsuo Kumori e Satiko Kumori, tendo três irmãos que continuam residindo na cidade.