Economista orienta a quitar dívidas com 13º

Apesar de o comércio tentar atrair os consumidores visando ao 13º salário, economistas orientam a quitar as dívidas ou investir o dinheiro

No mês de novembro, várias empresas e instituições iniciam o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário. Com isso, o comércio já está de olho na fatia deste dinheiro extra nas contas dos trabalhadores, aposentados e pensionistas. Nas vitrines das lojas, é possível verificar várias promoções, descontos e diversas formas de pagamento. Especialistas do ramo financeiro lembram aos consumidores, porém, que o dinheiro extra deve ser utilizado para determinada finalidade, como quitar contas e investir em fundos financeiros e poupanças.

Segundo o economista Marco Antônio Nogueira, as pessoas devem analisar a situação na qual se encontram e optar pela melhor forma de investimento. “Se elas tiverem dívidas com o cartão de crédito e cheque especial, devem pensar em usar o décimo terceiro para quitá-las”, disse, acrescentando que, no começo do próximo ano, existem taxas a serem cobradas, além do início do ano letivo. “O mês de janeiro começa com impostos, matrículas, compra de materiais escolares. Por isso, as pessoas devem ter uma reserva para o que vai acontecer nos primeiros meses do ano”, complementa.

Em resumo, ele entende que as pessoas devem quitar o máximo possível das dívidas de 2011 e não se esquecer daqueles compromissos efetuados nas festas de fim de ano, como presentes, entre outras despesas. Para as pessoas que estão com as contas em dia, o economista orienta que apliquem esse dinheiro em fundos e poupanças. “Aqueles que não vão viajar ou utilizar o dinheiro para reforma da casa podem aplicá-lo em Certificado de Depósito Bancário (CDB), que tem uma boa taxa de juros e a garantia de resgate, caso haja a falência do banco. Se o valor for significativo e a pessoa não for utilizá-lo nos próximos três meses, o CDB é um bom investimento. Caso contrário, a poupança é mais indicada”, explica.

Segundo Marco Antônio Nogueira, 2012 promete ser um ano mais restritivo no crescimento econômico. Por isso, as pessoas devem manter uma reserva de dinheiro. Para ele, a influência se deve à crise na Europa e nos Estados Unidos. No entanto, por ser um ano eleitoral, os efeitos não serão tão significativos, pois haverá mais injeção de dinheiro na economia, minimizando os desdobramentos da crise.